18 de dez. de 2011

LENDAS, MITOS & AFINS

O HOLANDÊS VOADOR











A lenda do navio fantasma Holandês Voador foi contada de diversas maneiras no decorrer dos tempos. Vários nomes foram atribuídos ao seu capitão, mas a história basicamente sempre foi a mesma: Amos Dutchman ou Hendrick Van der Decken ou ainda Bernard Fokke, era o capitão holandês que comandava uma embarcação que teria zarpado de Amsterdã nos anos de 1600. Tal capitão era um homem rude, teimoso e que tratava sua tripulação com mãos-de-ferro, castigando-a por qualquer motivo. Numa de suas viagens, ao navegar no Estreito de Magalhães, na região do Cabo Horn, extremo sul do continente americano (certas versões contam que ele estaria navegando no Cabo da Boa Esperança, extremo do continente africano), Dutchman teria insistido em atravessar a região debaixo de uma forte tormenta, mesmo contra a vontade de sua tripulação. O navio sacudia violentamente, seus mastros e cordames ameaçavam romperem-se. Os marinheiros, apavorados e temerosos por suas vidas, puseram-se a rezar, pedindo proteção divina. Atendendo às preces dos desesperados, um anjo surgiu na proa da embarcação e todos se prostraram diante da divindade (outras versões contam que teria sido Nossa Senhora a aparecer ou ainda o próprio Espírito Santo), menos o arrogante capitão, que passou a vociferar blasfêmias contra os céus, ordenando que o anjo deixasse seu navio. Não sendo atendido, Amos Dutchman atirou contra o mensageiro divino, provocando, assim, sua sentença: O anjo amaldiçoou o desalmado capitão a vagar sem rumo pelos oceanos, sem descanso, até o dia do Juízo Final. Apenas de cem em cem anos teria a oportunidade de salvação, quando passaria sete dias em terra firme, vivendo junto aos seus semelhantes e, se nesse período, encontrasse uma mulher que o amasse até a morte, estaria livre da tal maldição. Somente então, o navio, seu capitão e sua tripulação poderiam descansar.




The Flying Dutchman - Ilustração




Assim nasceu o Holandês Voador, um veleiro sinistro, que navega acima das águas e que aparece em noites tempestuosas, em meio às ondas revoltas, para assombrar os viajantes do mar. Há relatos, de certa forma recentes, de aparições do temido navio-fantasma: em 1632, um marujo afirmou tê-lo avistado no Triângulo das Bermudas e após relatar seu encontro, faleceu. Alguns afirmam que ele partiu para o reino dos mortos, outros, que hoje navega no próprio Holandês. O futuro rei da Inglaterra, Jorge V, o teria avistado em 1881, quando navegava nas proximidades da Austrália. Durante a segunda grande guerra, o almirante nazista Karl Donitz reportou a Adolph Hitler que uma de suas tripulações negava-se a participar de uma missão em Suez. O motivo? Teriam avistado a embarcação fantasma. Em 1939, cem nadadores afirmaram ter visto o Holandês Voador, na África do Sul. O mítico personagem também figura na cultura popular, é citado, por exemplo, no filme “Piratas do Caribe” e por diversas vezes no desenho animado “Bob Esponja Calça Quadrada”, além de ter sido inspiração para Richard Wagner escrever uma ópera a seu respeito. Trata-se de uma lenda, mas não custa às mulheres, quando estiverem próximas do mar, ficarem atentas a um certo convite, de um certo capitão, para viverem, até a morte, num determinado navio.



A Família Pato e o navio fantasma






O Holandês da aventuras de Bob Esponja





Marcelo

Um comentário:

Márcio disse...

Essa história é cabulosa, muito legal a idéia de postar sobre isso...