10 de mar. de 2012

BECO DA HISTÓRIA

IRMA GRESE – A CADELA DE BELSEN







Irma Ida Ilse Grese (07/10/1923 – 13/12/1945) nasceu em Wrechen, Alemanha. Ainda muito jovem, por volta de 15 anos, deixou os estudos para se dedicar à Liga da Juventude Feminina Alemã, seguidora dos ideais de Adolf Hitler, mesmo contrariando o desejo de seu pai. Entre algumas de suas atividades, Irma trabalhou como assistente no sanatório Hohenlychen, da SS. Aos 18 anos foi expulsa de casa pelo pai, após ingressar na facção de ajudantes femininas da SS e se apresentar como voluntária para treinamento no campo de concentração de Ravensbrück. Em 1943, foi transferida para Auschwitz, inicialmente como ajudante, posteriormente sendo promovida a supervisora, quando ficou responsável por cerca de 30.000 prisioneiras judias. Lá tornou-se conhecida como a “bela besta” ou “anjo da morte”, tamanha sua crueldade. Gisella Perl, sobrevivente, declarou: "Ela foi uma das mais belas mulheres que eu já vi. Seu corpo era perfeito em todas as linhas, seu rosto claro e angelical, seus olhos azuis alegres. O mais inocente olhar que se possa imaginar, porém, Irma Grese foi a mulher mais depravada, cruel e pervertida que já encontrei".




Grese durante o julgamento de Belsen



Em janeiro de 1945, retornou brevemente a Ravensbrück, antes de encerrar sua carreira no campo de Bergen-Belsen, como líder de grupo de trabalho. Foi capturada em 17 de abril de 1945, por soldados britânicos. A “cadela de Belsen”, outro de seus apelidos, foi uma das figuras principais do julgamento de Belsen, realizado entre setembro e dezembro de 1945. Sobreviventes dos campos testemunharam contra ela, acusando-a, entre outras coisas, de tortura, assassinato de internos a tiros, açoitamentos até a morte, investida com cães de guarda contra prisioneiros, surras sádicas e abusos sexuais. Idêntico ao ocorrido com Ilse Koch, a “cadela de Buchenwald”, nos aposentos de Irma Grese foram encontrados abajures feitos com pele humana de prisioneiros executados por ela. Após cinquenta e três dias de julgamento, a jovem nazista foi condenada por crimes de guerra e sentenciada à morte por enforcamento. Ela tinha apenas 22 anos de idade. Irma entrou com pedido de clemência, negado pelo governo britânico. Foi enforcada na Alemanha, na cidade de Hameln e se tornou a mulher mais jovem a morrer sob as lei britânica no século XX.



Marcelo

Um comentário:

Márcio Silva disse...

Cara, que figura essa hein?Tinha uma rocha no peito. Legal ter você de volta por aqui, nós agradecemos!Essa dupla tá batendo um bolão...