21 de mar. de 2012



LITERATURA






















Na Estrada

Da encruzilhada,
A visão
Uma estrada que só vai
Outra,
Na contramão
E eu, sozinho, parado
Uma idéia na cabeça
Outra
No coração.
Ninguém ao meu lado
Pra dizer sim,
Tampouco, alguém
Que me dissesse, não
É o destino me escolhendo
Como se, da ponte
Eu fosse o vão
E a sorte lançada
Ao vento
Feito escada
Sem corrimão
Não chore, não ria
Não volte
A vida não dará
Perdão
Você escolhe o caminho
Onde muitos
Já estão
Não é sua mãe, ou seu pai
Nem seu amigo, ou irmão
Ninguém vai te dar amor
Nem vai dar
Sustentação
Só mais um só
Entre tantos
Que sozinhos
Já estão
Minha consciência
Grita
Eu não peço permissão
Quero meu mundo
Na estrada
Quero da vida
Emoção
Não vou voltar,
Sigo em frente
Sinto essa sensação
Quero vencer, vou vencer
Penso que agora é hora
De rebentar
O cordão
Não posso ser
Mais um fraco
Tendo o destino
Na mão
Se não for pra arriscar
Por que estar vivo
Então
Sei que a jornada
É difícil
A vida é um turbilhão
Por isso fecho os dois olhos
Coloco os pés na estrada
Dou as costas
Pra razão
Que não me julguem
Ou condenem
E nem me passem sermão
Sou só mais um ser
Nessa Terra
Procurando
Direção

Zé Vicente

3 comentários:

Marcio Ant disse...

Nossa, muito bom, parabéns

Marcelo disse...

Entre tantos poemas seus que conheço, é dificil eleger os melhores, mas este, certamente, está entre eles. Parabéns e obrigado por compartilhar conosco.

Márcio Silva disse...

Parabéns mesmo, grande inspiração!