6 de dez. de 2012


OPINIÃO
 
 
 
 
 
Raul Seixas faleceu há vinte e três anos, em decorrência do abuso de substâncias químicas a que se submeteu durante sua breve existência. Quando da sua morte, o Maluco Beleza tinha apenas 44 anos. Contudo, foi tempo suficiente para escrever de forma definitiva seu nome na história da música e da arte popular do nosso país e com rara inspiração. Dia desses, voltando para casa avistei um garoto com uma camiseta onde estava escrita a seguinte frase: “O Raulseixismo nunca vai morrer”. O curioso é que o garoto, se muito, tinha uns quinze anos, ou seja, ele nasceu quase dez anos depois do passamento de Raul e mesmo assim tornou-se admirador da vida e da obra daquele baiano amalucado e contestador. Raul para mim, além de poeta e músico, foi um destacado pensador, que figura ao lado de outros grandes como, por exemplo, Chico Buarque de Hollanda, e fico satisfeito sempre que vejo alguém da novíssima geração reconhecer o valor dessas ilustres figuras da rica arte brasileira em vez de se juntar à grande maioria e valorizar estilos musicais e posturas que definitivamente deveriam ser abolidas e abominadas. Tudo bem que um pouco de diversão não faz mal a ninguém, mas quando essa dita diversão pende para o lado da mais pura idiotice ou promiscuidade, imagino que deva ser não vigiada no sentido estrito, mas de alguma forma acompanhada com certa cautela. Mas quem sou eu para julgar ou definir alguém? Apenas sinto-me melhor em saber que muitos não se renderam e não se rendem a modismos e posturas que, na grande maioria das vezes, não traz benefício nenhum, seja ele intelectual ou musical ou de qualquer outra forma. Que não morra nunca o “Raulseixismo, o “Chicobuarquismo”, o “Caetanismo”, o “Leninismo”, o “Djavanismo”, o “Alceismo", o “Marcelonovismo” e tantos outros bons “ismos” que temos. A cultura está por aí, de várias formas, é só procurar!
 
 
Marcelo

Um comentário:

Márcio Silva disse...

Assino em baixo em tudo que você falou mano.