16 de fev. de 2013


FORA DE ORDEM




RORY GALLAGHER    -  AGAINST THE GRAIN


                                                                                  















Vou falar agora de um dos maiores guitarristas e cantores do blues e do rock de todos os tempos. Rory Gallagher. Nascido na Irlanda no dia 2 de março de 1948, começou cedo na música quando formou o grupo Taste em 1965. Gallagher era um menino ainda, mas logo conheceu o sucesso tocando no mesmo palco que Jimi Hendrix, Miles Davis, Emerson, Lake And Palmer e outros na Ilha de Wight, na Inglaterra em 1970. Já no ano seguinte, com o fim do Taste, partiu pra carreira solo e nos brindou com altos discos. Multi instrumentista e dono de uma voz agradável, Rory Gallagher adorava tocar ao vivo e encantava qualquer platéia principalmente quando empunhava sua velha Fender Stratocaster, guitarra que o acompanhou durante toda a vida desde antes do grupo Taste. Ao tocar essa guitarra ele não fazia uso de pedais. Portanto, foda-se a revista rolling stone que o colocou no número 57 dos melhores guitarristas de todos os tempos. Tá de brincadeira essa revista. Quem quiser que acredite nela. Na realidade, Rory Gallagher figura entre os dez sem fazer força pois a guitarra fazia parte do seu corpo. (Pra se ter uma idéia, Jimi Hendrix era seu fã). Mas não estamos aqui para contestar isso ou aquilo e sim para indicar um disco. Por amostragem, vou indicar o quinto de seus dezesseis discos, lançado em 1975, pois poderia ser qualquer outro. Chama-se Against The Grain e nem é dos mais conhecidos, só que tem uma variedade musical que dá uma amostra do que esse cara era capaz. Ele ganhou prêmios, foi eleito músico do ano Pela revista Melody Maker, teve muitos amigos em sua trajetória e sua biografia merece ser vista com mais calma e atenção, assim com sua discografia recheada de clássicos do rock e do blues, com suas influências irlandesas. Penso que quem não conhece esse grande artista, se tornará seu admirador depois de ouvir Against The Grain, por isso deixo um link logo abaixo pra quem quiser conferir. O Rory Gallagher faleceu vinte anos depois desse disco, em 14 de junho de 1995, vítima de infecção hospitalar depois de uma cirurgia. O mundo perdeu um dos mais simples e criativos músicos da rica história do rock. Mas sua música ficou e seu nome com certeza jamais será esquecido.


ZÉ VICENTE


http://www.4shared.com/zip/yij81iRm/1975_-_rory_gallagher_-_agains.html






SÉRGIO SAMPAIO   -   CRUEL















Eis aqui, um dos artistas mais “malditos” da nossa chamada música popular brasileira. Esse cara deveria estar ao lado dos grandes nomes da boa música desse país, mas não se sabe bem porque, a mídia e aqueles que seguem o que ela dita preferiram ignorá-lo. Seu nome, Sérgio Moraes Sampaio, um capixaba que nasceu na mesma cidade que o “rei” Roberto Carlos mas que não teve a mesma sorte em sua curta carreira. Sérgio Sampaio nasceu no dia 13 de abril de 1947 em Cachoeiro de Itapemirim - ES e começou sua carreira no rádio. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1967 para tentar a sorte nessa profissão, mas filho de músico, compositor, já trazia o sangue, a alma de boêmio e o gosto de cantar na noite, por isso não conseguir êxito nessa área, passando assim a se dedicar-se exclusivamente à música. Depois de decepções em festivais diversos pelo sudeste do país, conseguiu colocar uma música na boca do povo, mesmo não vencendo e a partir daí conseguiu acesso a produtores e gravadoras. Dentre esse produtores, um era Raul Seixas, que se tornou amigo e dividiu com ele, mais Miriam Batucada e Edy Star o disco, na época censurado, chamado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão da Dez. Isso no início da década de setenta, um pouco antes da música de maior sucesso desse artista ter sido incluída no compacto do IV Festival Internacional da Canção. E é a partir dessa música e do troféu imprensa que ganhou nesse ano (1972) que ele gravou o primeiro de seus três discos solo. Nesse meio tempo, compôs canções para diversos artistas da época. Sérgio não teve uma vida muito tranqüila. Casou e separou, Retornou à sua terra mas não ficou, lutou pelo sucesso, mas não conseguiu o reconhecimento merecido. Mudou-se para a Bahia e fez projetos que não se concretizaram. Adoeceu e faleceu no dia 15 de maio de 1994 no Rio de Janeiro, e só a partir daí começaram a ver o que a música tinha perdido. Recebeu então várias homenagens, entre elas um show em 1996 que teve participação de diversos artistas, alguns amigos, outros que nem o conheceram direito. O show chamou-se Balaio do Sampaio e está registrado em disco. Outra homenagem, mais um resgate, foi feita pelo cantor e compositor Zeca Baleiro, que lançou em 2006 o disco que aqui indico. Cruel é um disco póstumo, mas que traz a essência do que foi esse cara que passou pela nossa música com dignidade e foi excluído quase que sumáriamente. Felizmente, por mim e por mais um tanto de apreciadores de boa música, sua canções não passaram despercebidas e continuam tocando. É rock, é samba, é blues e outros estilos que merecem ser ouvidos com atenção e apreciados ainda em tempo. Aqui faço uma homenagem a Sérgio Sampaio e deixo um link pra quem tiver a curiosidade de conferir.


ZÉ VICENTE


http://www.4shared.com/rar/rA8JB_k1/Srgio_Sampaio_-_Cruel__2006_.html

Nenhum comentário: