6 de mar. de 2013


NOTA
 
 
 
 
 
Hoje quando acordei por volta das sete da manhã com a notícia de que Chorão - líder e vocalista da banda Charlie Brown Jr - havia falecido, confesso que fiquei perplexo, afinal ele sempre demonstrou muito vigor e muita força. Mas infelizmente era verdade. Chorão partiu vítima da depressão, o mal de todos os séculos. Não suportou a barra, se retirou. Confesso também que o Charlie Brown Jr nunca figurou entre minhas bandas de cabeceira, inclusive, quando da grande visibilidade que eles alcançaram em meados dos anos 90, cheguei a nutrir certa antipatia. Mas o tempo passou e ele sempre passa, e o Charlie Brown, bem ou mal, muito ou pouco, sempre esteve presente na trilha sonora de diversos momentos da minha vida e, certamente, da vida de muitos. Hoje, não porque Chorão se foi, sei que tenho um grande respeito pelo trabalho da banda. Aos roqueiros mais puritanos ou xiitas, minhas desculpas (ou que se fodam), mas é infinitamente melhor ouvir a poesia minimalista e por vezes simplória de um cara que foi fiel ao seu estilo, que traduziu sua vivência das ruas do que ter que engolir os “baras-baras”, “beres-beres” e “ai se te pego” da vida, que não acrescentam nada a ninguém. Alexandre Abrão (1970 – 2013), o Chorão, foi conferir se realmente são azuis as paredes da casa de Deus, como ele próprio cantou. Que seja bem recebido e encontre paz!
 
 
Marcelo

2 comentários:

Márcio Silva disse...

É meu irmão como você mesmo disse e o Chorão concordaria foda-se os xiitas. Muita paz ao grande Chorão, CHARLIE BROWN!!!

Márcio Silva disse...

Dia triste da porra!!!!