9 de jul. de 2013

LENDAS, MITOS & AFINS
AS MOIRAS E O FIO DA VIDA
  
 

 
 
Na mitologia grega, Nix, deusa da noite e uma das divindades primordiais, gerou, entre outras criaturas, as Moiras, três irmãs responsáveis pelo destino de todos os seres, homens ou deuses. Ao fúnebre trio cabia o compromisso de tecer aquilo que seria o fio da vida de cada indivíduo, utilizando um tear especial, a Roda da Fortuna. As voltas da roda regiam os períodos de boa ou má sorte de cada um, dependendo da posição do fio no tear: em sua parte mais privilegiada (topo) ou menos favorecida (fundo). As tecelãs do destino eram Cloto, a deusa dos nascimentos e partos, quem segurava o fuso e tecia o fio da vida, Láquesis, responsável por puxar e enrolar o fio, atribuindo a cada um seu quinhão ao longo de sua existência e Átropos, a deusa responsável por cortar o fio, pelo fim da vida. O mito grego se disseminou entre os romanos, contudo, eles as conheciam como Parcas chamadas Nona, Décima e Morta, que regiam apenas os mortais. Poetas da antiguidade as descreviam como seres grotescos, já nas artes são representadas de diversas formas: de mulheres com aspectos sinistros a belas donzelas. Na literatura, Homero as cita na “Ilíada” e na “Odisseia”, como fiandeiras representantes de uma lei que nem mesmo o poderoso Zeus poderia questionar.
 
 
 
As Moiras com o fio da vida. Alegoria, por Strudwick - 1885
 
 
 
A Roda da Fortuna
 
 
 
Marcelo

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