11 de ago. de 2014


BECO DA HISTÓRIA

CENTENÁRIO DA PRIMEIRA GUERRA

O TIRO QUE NÃO ACONTECEU

 


 
Henry Tandey, condecorado soldado britânico, entrou para a história pelo tiro que não disparou. No dia 28 de setembro de 1918, a Primeira Guerra Mundial estava no fim. Em Marcoing, na França, os alemães batiam em retirada e foi nesse dia que Tandey viu surgir em meio à confusão um jovem soldado alemão ferido. O inglês o tinha na mira, mas segundo ele próprio, não conseguiu atirar em um homem ferido. O soldado alemão acenou em agradecimento e desapareceu. O inimigo poupado tratava-se do cabo austríaco Adolf Hitler.
 
 
 
A pintura de Fortunino Matania
 
 
 
Anos antes, Tandey havia sido fotografado carregando um soldado ferido. Tempos depois, a foto foi reproduzida pelo artista italiano Fortunino Matania para glorificar o esforço aliado durante o conflito. Mais tarde, depois do fim da guerra, durante a visita do primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain à Alemanha em 1938, o próprio Hitler o mostrou uma cópia da pintura e, apontando para Tandey, comentou: “Esse é o homem que quase atirou em mim”. O Füher então pediu a Chamberlain que transmitisse sua gratidão ao inglês. Tandey faleceu aos 86 anos, em 1977, mas em vida declarou: “Se eu soubesse o que aquele soldado viria a ser...eu pedi perdão a Deus por não o ter matado.”

 

O ex-soldado aos 85 anos
 

Marcelo

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