NEW YORK - LOU REED
Nascido no Brooklyn, em Nova York , Em 12 de
março de 1942, com o nome de Lewis Allan Reed, esse cara tornou-se uma das
principais figuras da música mundial de todos os tempos. Trata-se de Lou Reed,
cantor, compositor, guitarrista, produtor, fotógrafo e um dos grandes poetas do
rock. Sua história é longa e interessante, então pra resumir, vou apenas dizer
que Lou Reed está na estrada do rock desde o final dos anos cinqüenta. Foi o
vocalista do grupo Velvet Underground, um dos mais importantes grupos dos anos
sessenta, que seguia uma linha meio Iggy Pop e David Bowie até 1972, quando
iniciou carreira solo, tendo feito mais de trinta discos entre estúdio, ao vivo
ou em parcerias com figuras tipo John Cale, Gorillaz, The Killers e Metallica.
É fotógrafo, com um acervo imenso guardado e já expôs parte de seu trabalho
nessa arte em centros de exposição conceituados no mundo. A fotografia pra ele
não é apenas hobby. Músico de primeira, além de excelente guitarrista, toca
também piano, teclados e harmônica. Figura conhecida das ruas de Nova York, Lou
sempre retratou o dia a dia dessa cidade imensa com crueza e conhecimento em
suas letras ácidas e ao mesmo tempo belas, que passava para as melodias em seus
vários discos ao longo de sua carreira. Lou é grande admirador de Edgar Allan
Poe e James Joyce, e isso, juntamente com a vida dura que levou, com certeza o
influenciou no que retrata em sua poesia. Vale a pena pesquisar tanto a
biografia quanto a discografia desse grande artista de voz calma, mesmo quando
agressivo, grande músico e referência para muitos cantores e grupos a formados
a partir dos anos setenta. São vários os discos aclamados e indicados para
discografia básica pelas revistas especializadas pelo mundo afora, mas eu vou
indicar um disco não muito antigo. Sintomaticamente, tem o nome de New York e
foi lançado no ano de 1989. Excelente disco, traz Lou Reed maduro, sereno e
muito bem centrado. Como se fosse um livro, é necessário ouvir o disco do
começo ao fim para entendê-lo e apreciá-lo plenamente. Em sua carreira solo
este é o décimo quinto. E a partir desse ele iniciou uma fase de parcerias
interessantes e sua carreira ainda segue até os dias de hoje, apesar de seus 70
anos de idade. Vale a pena conferir. O link está logo abaixo. Se quiser
comentar, fique à vontade.
Zé Vicente
http://www.filestube.com/e5apfu8nMIIJ56kUGsDv0c/1989-New-York.html
FORA DE ORDEM
TECA CALAZANS (VIVER) - TECA CALAZANS
E no momento em que a moda no Brasil
quando se fala em cantoras é promover algumas bonitinhas que aparecem do nada e
logo se tornam top de linha, a gente se sente obrigado a refrescar a cabeça, se
não do ouvinte, que não tem muita culpa, mas pelo menos da crítica que agora
assumiu de vez que o importante é o ibope. E que, assim como na política, as grandes
redes de televisão é que ditam quem é o melhor disso ou daquilo. E o chamado
“jabá” abusa de seus poderes em detrimento da evolução musical e da boa arte. E
é assim que grandes artistas vão passando despercebidos e acabam sendo mais
conhecidos fora de seu país. Uma vergonha. Tenho certeza que a maioria dos
leitores não conhece o disco que estou indicando hoje nesta seção. É um disco
lançado em 1982 pela cantora Teca Calazans, que na verdade não tem título, mas
ficou menos desconhecido com o nome de “Viver” que é o título de uma de suas
faixas. O disco foi lançado originalmente em
LP. A Teca nasceu em Vitória, Espírito
Santo em 20 de outubro de 1940 e ainda criança mudou-se para Recife onde
aprendeu a cantar e atuar. Nesta capital, iniciou carreira como atriz em
movimentos culturais e foi nessa época que começou um grande interesse pelo
folclore musical nordestino que viria a marcar sua carreira desde o início e em
uma grande parte de seus discos. Trabalhou no teatro onde foi parceira de Geraldo Azevedo e Naná
Vasconcelos. Em 1968 mudou-se para o Rio de Janeiro e foi trabalhar no Teatro
Opinião, também como atriz. Mas nesse tempo já havia gravado um compacto
simples, dando início, assim, a sua carreira como cantora. Mas a coisa só
vingou quando ela foi morar na França em 1970, quando formou com Ricardo Villas
a dupla Teca e Ricardo, que depois de se apresentar no Olympia com a
participação de Baden Powell, tornou-se conhecida e fez um certo sucesso. A
dupla gravou cinco LPs e durou dez anos. A partir de 1980 Teca Calazans inicia
sua carreira solo de cantora, e compositora, tendo inclusive musicas suas gravadas
por Milton Nascimento, Gal Costa e Nara Leão assim como também intensificou suas pesquisas com a
cultura musical do nordeste onde estudou os cantadores e poetas e a rica
cultura popular daquela região brasileira. Essas pesquisas marcaram todo o
futuro musical dessa grande artista brasileira que teve que voltar para a Europa
para ter seu trabalho realmente reconhecido, ironicamente levando a história da
cultura popular brasileira e o nome de compositores como Villa-Lobos, Pixinguinha
e Baden Powell para fora de seu país. Foram vários trabalhos premiados e muitos
shows pela Europa. E o sucesso merecido, porém muito pouco divulgado no Brasil
do pagode, do sertanejo brega e do axé. Para o mundo, Teca Calazans felizmente
existe e eu estou dando a dica para aqueles que tem interesse em boa música,
que procurem mais sobre mais um artista brasileiro que não pode passar
esquecido pela história da nossa cultura. Então o disco indicado aqui é esse de
1982 que deve ser ouvido de ponta a ponta e que tenho certeza será uma surpresa
aos desavisados. Para ouvir é só pegar o link abaixo e conferir. Se quiser
opinar, melhor ainda. É isso.
Zé Vicente
http://www.mediafire.com/?9twqzvizv6r5ioi