2 de jan. de 2012

FORA DE ORDEM

ALMORAIMA  -  PACO DE LUCÍA



 





Francisco Sánchez Gomes, Espanhol, nascido em Algeciras no dia 21 de dezembro de 1947, adotou o nome artístico de Paco de Lucía em homenagem à sua mãe Luzia, de origem portuguesa que adaptou seu nome para Lucía, na linguagem do povo Andaluz.

O que ele não imaginava é que seu nome iria ser reconhecido mundialmente como um dos maiores instrumentistas da história da musica. Qualquer exagero feito a esse guitarrista flamenco é pouco. Ele começou cedo sua carreira e vem influenciando músicos de vários estilos até os dias de hoje. Paco não se limitou ao flamenco tradicional e enveredou pelo jazz. Gravou vários discos com Camarón de La Isla, músico que revolucionou o estilo flamenco na Espanha a partir do final dos anos sessenta, e daí começou seu experimentalismo,  tanto solo quanto com outros músicos, tendo inclusive gravado um concerto de orquestra em 1991, muito elogiado na época. Sua discografia é extensa e começa no ano de 1965. São discos em que ele atua só, discos gravados em sexteto, em dupla, em trio, sem contar com as trilhas sonoras que somam mais de meia dúzia. Um capítulo à parte em sua carreira vem da união que fez com Al Di Meola e John McLaughiln, dois dos maiores guitarristas da história, que resultou em gravações em disco e ao vivo simplesmente fascinantes e indispensáveis. Vale a pena pesquisar. Almoraima é um disco gravado em 1976 e eu o indico aqui para quem não conhece esse grande guitarrista e tenho certeza que ele será apenas o primeiro. São mais de vinte discos para serem explorados com prazer. Quem pegar esse link, na certa procurará por outros. Acho até que deveriam comentar. Seria muito interessante.



Zé Vicente










FORA DE ORDEM

CAMINHOS ME LEVEM   -  ALMIR SATER









Esse cara sim, soube achar uma linguagem moderna e sofisticada para a musica chamada regional, caipira, sertaneja ou rural em nosso país. Só que por isso é mal interpretado. A sua música não é apenas sertaneja, e sim folk, country e rock, que são estilos do mundo e não do Brasil. Esse matogrossense de 55 anos adotou a viola como seu instrumento predileto logo cedo e influenciado pelo instrumental do folk, da musica andina e outros estilos que valorizam o instrumento de corda, passou a procurar sua sonoridade própria. Como é um artista carismático e de talento, isso não foi difícil. Sua carreira de mais de trinta anos confirma. Almir Sater, além de cantor, compositor e violeiro, aventurou-se também como ator, tendo participado de várias novelas e alguns filmes. Morador de seu estado, sempre fez campanha pela ecologia e  a preservação do meio ambiente, motivo a mais para a simpatia até daqueles que não são apreciadores de sua musica. Eu aprecio, deixo em aberto a dica para quem interessar, pesquisar a trajetória desse músico diferenciado, que tem participação no trabalho de muitos artistas e para dar um começo na curiosidade, indico o disco Caminhos me Levem, que não é tão velho, foi lançado em 1997. É o oitavo feito em estúdio e serve como bom exemplo de tudo que falei nesse texto a respeito de sua música. Não espere um disco sertanejo, porque não é. Quem gosta de rock ou folk, vai se identificar e se por acaso não concordar discuta fazendo um comentário. O toque esta dado e o link disponível.




Zé Vicente



Um comentário:

Márcio Silva disse...

Legal ter indicado um trabalho recente do Almir Sater, isso comprova a excelente carreira desse cara. Paco preciso ouvir mais para comentar.