FORA DE ORDEM
NO FAITH REQUIRED - SNOWY WHITE AND THE WHITE FLAMES
Esse inglês de 61 anos normalmente é apresentado como mais um guitarrista de blues. Mas o Terrence Charles White, mais conhecido como Snowy White não é só isso. Integrante efetivo do grupo Thin Lizzy entre 1980 e 1982, participou, na minha opinião, do seu melhor disco, o Chinatown. Alem disso tocou também em um dos discos mais importantes do Pink Floyd, o Animals, entre outros, como musico convidado, e também de turnês tanto do grupo quanto de seus integrantes principais: David Gilmour e Roger Waters. Isso pra falar dos mais importantes, pois esse cara colaborou em uma infinidade de outros trabalhos. Então, vem seus discos solo. São muitos e variados. Snowy, artista inquieto, fez discos pra todos os gostos. Uns mais comerciais, outros mais elaborados e, por incrível que pareça, a maioria não é blues. Inclusive este, que apresento neste post. Pode-se dividir a carreira solo de Snowy em quatro: Snowy White, Snowy White’s Blues Agency, Snowy White & The White Flames e Snowy White Blues Project. Desses quatro, apenas o ultimo é totalmente baseado no blues. O disco No Faith Required, aqui indicado, foi lançado em 1996 e é o disco em que o guitarrista apresenta o seu segundo grupo. Não é um disco de blues, nem de hard rock ou progressivo, mas, eu diria um disco de fusion muito bem trabalhado e com uma vantagem sobre os outros: Não é um disco instrumental. Temos vocal. E um belo vocal. E também é uma curiosidade para que gosta do gênero, apesar de nem ser preciso ou obrigatório a quem for ouvir que seja apreciador apenas de jazz-fusion. O disco é inteiramente bom e na verdade nem merecia rótulo. É simplesmente um excelente disco. Se ficou curioso, pegue o link abaixo e confira. De repente dá vontade até de fazer um comentário.
Zé Vicente
FORA DE ORDEM
MÁGICO – ALCEU VALENÇA
Esse pernambucano inquieto e genial dispensa comentários. É conhecido de todos, cantor e compositor de vários sucessos ao longo do tempo, sua musica agrada a pessoas de todos os gostos, consegue ser, ao mesmo tempo, original e comercial, sem perder a qualidade, coisa muito difícil de administrar. Vem atravessando seus cinquenta anos de carreira quase que intocado, devido ao seu cuidado em não cair nos modismos e mesmices, que é o que mais se vê por aí. Tem muito cantor hoje, considerado por muitos e por muito tempo como alternativo e underground dividindo palco e discos com artistas medíocres e fabricados nesses últimos anos. Alceu Valença não é o caso. Sempre fiel às suas origens, compõe e canta influenciado pela cultura do nordeste brasileiro, fazendo sempre misturas de sons e ritmos que o tornaram uma referencia para muitos artistas nordestinos ou não. O Alceu lançou muitos discos de sucesso. Teve musicas em novelas, peças e filmes. Tocou no rádio, apareceu na televisão, no cinema e freqüentou outras mídias sempre primando pela qualidade. Então decidi indicar um disco que não está entre os de maior sucesso, até pra mostrar que nem sempre o melhor é o que agrada mais ao público e à crítica. Aí vai o Mágico. Gravado em 1984, é um disco pesado e vibrante na sonoridade e incisivo nas composições é um Alceu criativo e experimentador. Sempre com uma banda de primeira linha e com um escudeiro fiel desde os primeiros discos chamado Paulo Rafael, cravou um trabalho ao mesmo tempo simples e complexo. É quase rock. E se é rock, é brasileiro. Bom pagar pra ver. Que está acostumado com o Alceu dos grandes sucessos vai descobrir um outro lado dessa lenda da nossa musica. Copie e comente.
Zé Vicente
Um comentário:
O Mágico - Dia Branco, Solidão, Rock de Repente, Moinhos, A Menina dos Meus Olhos.Um desfile de clássicos, grande fase do Alceu!Um disco que na minha opinião levou o cara para o Rock in Rio de 85!O outro preciso ouvir...
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