FORA DE ORDEM
CHINATOWN – THIN LIZZY
Faço uma homenagem e a minha rendição ao grupo Thin Lizzy, grande injustiçado dos anos setenta, sem a menor sombra de dúvida, não só por mim, mas pela grande maioria dos roqueiros brasileiros, dos quais muitos eu conheci e por isso tomo como base para o que digo. O Thin Lizzy, banda de hard rock irlandesa, nascida em Dublin no ano de 1969, tinha como líder um senhor baixista, grande vocalista, compositor e figura altamente carismática chamado Phil Lynott. Inclusive é bom frisar que Lynott foi um dos pouquíssimos negros a conseguir sucesso dentro do clube altamente branco não só do hard rock, mas do rock em geral. Com letras mais comuns à juventude da época e levadas contagiantes, conseguiu furar esse bloqueio à sua cor e procedência. No Thin Lizzy não havia preconceitos de raça, cor ou religião. Pelo grupo passaram músicos dos dois lados da Irlanda, da Inglaterra, Estados Unidos e da Escócia. Apesar das mudanças em sua formação, o grupo se manteve firme durante toda a década de setenta e começou a ter problemas no começo dos anos oitenta com o abuso no uso de drogas de seu líder, o que resultou no fim do grupo em 1983 com uma turnê de despedida. A banda voltou por duas vezes com outro baixista e Phil tentou continuar, gravando sozinho e tentando outra banda, mas já estava muito debilitado e não resistiu. Em 4 de janeiro de 1986, faleceu Philip Parris Lynott, negro, filho de mãe irlandesa, vítima de complicações vindas do uso excessivo de drogas. E a música perdeu mais um gênio. Para se entender a injustiça, nós roqueiros egoístas nos concentramos na trindade Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, e esquecemos de dar uma chance ao Thin Lizzy no auge de sua carreira. O disco que estou indicando Chama-se Chinatown, o décimo trabalho de estúdio dessa banda, gravado em 1980 em meio a turbulências e mudanças, mas por ironia um dos melhores discos não só desse grupo, mas do rock em todos os tempos. Feita a rendição, gostaria de compartilhar esse disco e essa homenagem com todos aqueles que, assim como eu deixou passar batido um trabalho dessa qualidade. Baixe, analise e comente.
Zé Vicente
FORA DE ORDEM
MINAS - MILTON NASCIMENTO
O cantor Milton Nascimento é um patrimônio da música popular brasileira. Uma das pessoas que merecem o respeito de cada cidadão, pela sua contribuição não só musical, mas à arte em geral em nosso país. Não se espantem se algum dia, algum órgão resolver tombar o trabalho desse cidadão meio carioca meio mineiro que tanta gente encantou pelo mundo afora com sua garganta privilegiada e simples. Em outubro desse ano o “Bituca” como é tratado pelos mais íntimos, completará 70 anos de idade e mesmo assim ainda está por aí emocionando ouvintes por todos os cantos do planeta. E de quebra, também completa 50 anos de carreira. Mas eu não vou contar aqui a sua história. Esta seção foi feita pra sugerir discos. O Milton sempre foi uma pessoa muito discreta e eu deixo essa missão para os biógrafos. E por falar em patrimônio da música, eu indico um, então. É o disco Minas, trabalho de Milton lançado em 1975 e o nono disco dos mais de trinta de sua trajetória. Quase quarenta anos depois o disco ainda é emocionante. De grande simplicidade e pureza em contraponto com seus arranjos complexos e geniais, o Minas é simplesmente indispensável em qualquer discoteca que se preze. É um disco obrigatório. Ele não tem data. Apesar de lançado em 75, continua atual e interessante e deveria ser conferido. Assim sendo colocamos um link à disposição para quem quiser fazê-lo. Tenho certeza que se houver algum comentário, será positivo. Não pode ser de outra forma.
Zé Vicente
http://www.filestube.com/b2kDsjiWRcOUhsPh19uUdE/Milton-Nascimento-Minas-1975.html
Um comentário:
Gostei de tudo que ouvi até hoje do Thin Lizzy, é uma grande banda!Esse álbum do Bituca é realmente um clássico, tive a chance de ouvir muito ao lado do nosso amigo Pedrão, uma fase que estávamos mergulhado na galera de Minas e esse foi uma que batemos bem, indispensável!
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