RED – KING CRIMSON
A história do grupo King Crimson é muito longa e mesmo que se abrevie ao máximo, ela continuará longa. Por isso não quero entrar muito em detalhes aqui nesta seção. Pra quem não conhece, O King Crimson é um grupo inglês formado em 1968, pelo guitarista Robert Fripp e pelo baterista Michael Giles, remanescentes do trio Giles, Giles & Fripp, que pouco sucesso fez no final dos anos sessenta. O grupo teve em sua carreira, muitas formações diferentes, assim como fases bem distintas na construção de seu trabalho musical. Acho que não exagero ao dizer que essa banda enveredou pelos mais diversos estilos e tendências desde o final dos anos 60. Com o líder Fripp, um dos melhores guitarristas de todos os tempos, sempre se mantendo à frente, o grupo fez música de acordo com a formação de seus músicos, sinal da grande liberdade dada a eles pelo seu fundador, que aliás, nem gosta de se colocar como líder e sim como mais um integrante dos diversos projetos que se tornou o King Crimson ao longo dos anos. A primeira fase foi mais melódica e lírica em virtude da presença de Peter Sinfield, grande poeta, e do compositor Ian McDonald. Com a saída desses dois, entrou-se na segunda fase, pesada e experimentalista, que é de onde vem a minha indicação. É o sétimo disco do grupo. O que fecha essa fase. Lançado em 1974, com o simples nome de Red. É o disco indicado para quem não conhece o King Crimson. A partir daí, virá uma curiosidade natural em conhecer o trabalho completo desse que é na minha modesta opinião o melhor grupo de rock progressivo da história. Só se vai descobrir ouvindo o disco. Tem um link abaixo e um espaço pra comentar no blog. É isso.
Zé Vicente
FORA DE ORDEM
A TERCEIRA LÂMINA – ZÉ RAMALHO
Vou falar do Zé Ramalho, analisando não pela crítica, mas pela minha ótica. A carreira desse paraibano de Brejo da Cruz que está agora com 62 anos de idade, que começou em 1974, sempre foi insconstante. Ele gravou uma trilha de filme e dividiu um disco com o compositor e cantor Lula Cortes, que só é conhecido mesmo pelos fãs de verdade desses artistas nordestinos. Eu conheci o Zé Ramalho tocando violão no grupo que acompanhava o cantor Alceu Valença entre 1974 e 1977, se não me engano. Quem quiser pesquisar a carreira do Alceu vai descobrir, mas isso nem vem ao caso. Foi justamente em 1977 que ele gravou seu primeiro disco solo, que foi lançado no começo de 1978. Esse disco se tornou peça obrigatória em qualquer discoteca, não só no Brasil. É realmente um dos melhores discos de musica brasileira de todos os tempos e que fez com que o nome desse cantor de voz grave e mística se espalhasse rapidamente pelos quatro cantos do país. E veio o segundo disco, muito bom também e já se começava a achar que a inspiração e a criatividade do artista iria diminuir, como acontece com muitos que fazem exagerado sucesso no começo de carreira. Então Zé Ramalho lança em 1981 seu terceiro disco, que é o que indico neste momento. A Terceira Lâmina. Bem diferente dos dois primeiros, é um disco mais pesado e muito mais místico, característica desse paraibano. Confesso que nem eu esperava, e me surpreendi com a qualidade desse disco. A proposta é bem diferente daquela do primeiro, mas ele conseguiu seu objetivo. Letras fortes, temas complexos. Nem muito triste, nem tão dançante. Um disco bem equilibrado. Aí, sim. Pra mim a partir daí começa o declínio no trabalho desse grande compositor. Declínio que coincide com problemas particulares em sua vida. E sua carreira entrou definitivamente nos altos e baixos. Mas isso é tema para outra seção. O que acho no momento é que, apesar do tempo que passou desde o seu lançamento, A Terceira Lâmina ainda tem muito a cortar. Aproveite, baixe e opine.
Zé Vicente
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