LITERATURA
Efêmero
Então você resolve ser do bem
E isso nem tem a ver com família
Seus pais querem o tempo todo
Que você se alimente direito
Que estude e tenha um emprego
Não importa o curso que você faça
Nem o emprego que você consiga
Ninguém se preocupa com
Sua cabeça, por exemplo
Que tipo de livro você lê ou,
Que desejos secretos você tem
Sua família não te molda,
Mesmo que nisso você acredite
O caráter vem com você
Vem do útero, num corpo sujo
De dor e placenta
E a convivência te faz pegar hábitos
O que faz meu pai
O que minha mãe aguenta
Em que meus irmãos se parecem
Não comigo, mas com meus pais
E absorvo ou jogo fora
Separo o que interessa
Você aprende é lá fora
Na rua, no meio do povo
Você vê sofrimento, angústia
Conhece pessoas, situações
E começa a perceber que aí
Começa a perder
Se escolher o lado bom
Consciência, caráter, índole
Doenças do bem
Irão te atrapalhar
Não ficarás rico, nunca serás bonito
Os dias nunca serão seus
Os dias serão curtos, as noites longas
E, só com sorte, haverá o amor
E logo vão te perceber
E irão te procurar, e você,
Sempre procurará ajudar
E terá esperança de mudar
Mudar pessoas, mudar o mundo
E o tempo passa
E chegam as consequências sobre
A mente cansada, o corpo cansado
A alma nunca estará lavada
Mas tem um rim prejudicado
Uma úlcera no estômago
Um caroço em algum lugar
Que te fará chorar calado
Nas noites sem fim de solidão
E angústia
E o tempo terá passado
E sua juventude levada
Você não mudou pessoas
Não mudou o mundo
O mundo te absorveu
E tirou de tí tudo que podia
Enquanto o mal prosperava.
Zé Vicente
23 de mar. de 2013
PESSOAL
Um ano sem o maior humorista brasileiro de todos os tempos
CHICO ANYSIO
No dia 23 de março de 2012 o Brasil perdia seu humorista maior. Faz um ano que o sorriso ficou mais difícil e com certeza ficará mais ainda a cada dia que passar. Hoje o blog faz uma homenagem a esse grande artista, que não foi apenas o criador de uma coleção invejável de personagens, mas que também foi ator, diretor, escritor, locutor, comentarista, cronista, grande pai, grande homem, batalhador e vencedor. Chico hoje deve estar fazendo rir aqueles que estão ao seu lado numa outra dimensão e estará sempre vivo aquí, onde deixou um imenso acervo do mais fino humor e uma imagem que jamais será esquecida.
Zé Vicente
17 de mar. de 2013
AGRADECIMENTO
Ultrapassamos a marca dos 20.000 acessos! O Papo de Esquina agradece a todos os visitantes que colaboraram com tal feito, isso nos impulsiona a manter o blog no ar. Valeu!
Papo de Esquina
14 de mar. de 2013
R.I.P. CLIVE BURR
Aquele que ultrapassa a
barreira de ser um simples ouvinte e verdadeiramente se apaixona por música,
que a transforma em parte importante da sua vida, entende a relevância de
determinadas bandas, determinados discos e determinados músicos. Desde o início
da década de 80 me tornei fã (quase incondicional) da banda inglesa Iron
Maiden. Recordo-me da primeira fita K7 do grupo que ganhei do meu pai, o
aclamado “The Number of the Beast”, disco incontestável na carreira da banda. E
lá estava Clive Burr, baterista que juntamente com Steve Harris (baixo) segurou
muito bem a cozinha de um álbum que se tornou lenda no meio do rock pesado. Hoje
(13/03), foi noticiado que Clive nos deixou durante seu sono, depois de uma
longa luta contra a esclerose múltipla. Clive esteve na banda de 1979 a 1982 e se tornou num
dos bateristas mais reconhecidos no universo do chamado heavy metal. Discorrer
sobre sua carreira e sua obra seria muito fácil, principalmente por ele ter
feito parte do início da cultuada história da Donzela de Ferro, mas acredito
que este não é o momento. O momento agora é de lamentar sua partida e de ter a
certeza de que assim como eu, outros milhares de seguidores do Iron Maiden
mundo afora lamentam a sua morte. R.I.P. Clive Burr (08/03/1957 – 12/03/2013).
Marcelo
11 de mar. de 2013
6 de mar. de 2013
NOTA
Hoje quando acordei por
volta das sete da manhã com a notícia de que Chorão - líder e vocalista da
banda Charlie Brown Jr - havia falecido, confesso que fiquei perplexo, afinal
ele sempre demonstrou muito vigor e muita força. Mas infelizmente era verdade.
Chorão partiu vítima da depressão, o mal de todos os séculos. Não suportou a
barra, se retirou. Confesso também que o Charlie Brown Jr nunca figurou entre
minhas bandas de cabeceira, inclusive, quando da grande visibilidade que eles
alcançaram em meados dos anos 90, cheguei a nutrir certa antipatia. Mas o tempo
passou e ele sempre passa, e o Charlie Brown, bem ou mal, muito ou pouco,
sempre esteve presente na trilha sonora de diversos momentos da minha vida e,
certamente, da vida de muitos. Hoje, não porque Chorão se foi, sei que tenho um grande
respeito pelo trabalho da banda. Aos roqueiros mais puritanos ou xiitas, minhas
desculpas (ou que se fodam), mas é infinitamente melhor ouvir a poesia minimalista e por vezes
simplória de um cara que foi fiel ao seu estilo, que traduziu sua vivência das ruas
do que ter que engolir os “baras-baras”, “beres-beres” e “ai se te pego” da
vida, que não acrescentam nada a ninguém. Alexandre Abrão (1970 – 2013), o Chorão,
foi conferir se realmente são azuis as paredes da casa de Deus, como ele próprio
cantou. Que seja bem recebido e encontre paz!
Marcelo
4 de mar. de 2013
LANÇAMENTO
COMENTADO
JIMI HENDRIX - PEOPLE, HELL AND ANGELS (2013)
Várias resenhas
em sites especializados tentam explicar “People, Hell and Angels”, o mais novo
disco póstumo do lendário guitarrista Jimi Hendrix a ser lançado no próximo dia
05 de março, mas já disponível na íntegra internet afora. Trata-se apenas de mais
uma compilação de sobras de estúdio e de canções inacabadas que Hendrix deixou
ao longo de sua inconteste carreira, gravadas entre 1968 e 1969 e acompanhadas
em sua grande maioria pelos músicos Billy Cox e Buddy Miles (Band of Gypsys). É
fato que durante a audição do disco fica perceptível que o material, na
verdade, soa como uma reunião de “esqueletos de canções” que Hendrix
possivelmente produziria num próximo álbum. Tal fato poderia ser um problema se
não tratasse de um artista do calibre de Jimi Hendrix e, em pleno 2013, mais de
quatro décadas depois da sua morte, podermos ouvir um material quase inédito ou
pouco divulgado de um artista que figura entre os maiores da história da música
é sempre um privilégio.
Marcelo
3 de mar. de 2013
MÔNICA – 50 ANOS
Uma pequena homenagem à personagem Mônica, criada pelo cartunista Maurício
de Souza em 1963 e que hoje (03/03) completa 50 anos de existência. A baixinha
gorducha certamente fez e faz parte da história de algumas gerações, além de
ser figura de grande destaque e importância na história dos quadrinhos
brasileiros.
Marcelo
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