NOTA
Hoje quando acordei por
volta das sete da manhã com a notícia de que Chorão - líder e vocalista da
banda Charlie Brown Jr - havia falecido, confesso que fiquei perplexo, afinal
ele sempre demonstrou muito vigor e muita força. Mas infelizmente era verdade.
Chorão partiu vítima da depressão, o mal de todos os séculos. Não suportou a
barra, se retirou. Confesso também que o Charlie Brown Jr nunca figurou entre
minhas bandas de cabeceira, inclusive, quando da grande visibilidade que eles
alcançaram em meados dos anos 90, cheguei a nutrir certa antipatia. Mas o tempo
passou e ele sempre passa, e o Charlie Brown, bem ou mal, muito ou pouco,
sempre esteve presente na trilha sonora de diversos momentos da minha vida e,
certamente, da vida de muitos. Hoje, não porque Chorão se foi, sei que tenho um grande
respeito pelo trabalho da banda. Aos roqueiros mais puritanos ou xiitas, minhas
desculpas (ou que se fodam), mas é infinitamente melhor ouvir a poesia minimalista e por vezes
simplória de um cara que foi fiel ao seu estilo, que traduziu sua vivência das ruas
do que ter que engolir os “baras-baras”, “beres-beres” e “ai se te pego” da
vida, que não acrescentam nada a ninguém. Alexandre Abrão (1970 – 2013), o Chorão,
foi conferir se realmente são azuis as paredes da casa de Deus, como ele próprio
cantou. Que seja bem recebido e encontre paz!
Marcelo
2 comentários:
É meu irmão como você mesmo disse e o Chorão concordaria foda-se os xiitas. Muita paz ao grande Chorão, CHARLIE BROWN!!!
Dia triste da porra!!!!
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