28 de abr. de 2013

21 de abr. de 2013


CURIOSIDADE

A ORIGEM DA CACHAÇA











Uma das hipóteses sobre a criação da cachaça, patrimônio nacional exportado para diversos países, conta que certa vez os escravos misturaram um melaço velho e fermentado (parte do processo da fabricação do açúcar) com um melaço fabricado no dia seguinte. Nessa mistura, acabaram fazendo com que o álcool presente no melaço evaporasse e formasse gotículas no teto do engenho. Na medida em que o líquido pingava do teto, os escravos experimentavam o que seria chamado de “pinga”. Nessa mesma situação, a cachaça que pingava do teto atingia os ferimentos que os escravos traziam, muitas vezes por conta de punições físicas que sofriam, causando ardor, daí o nome “aguardente”.





Cachaças tipo exportação



Engenho - ilustração



Marcelo

LENDAS, MITOS & AFINS

A CAIXA DE PANDORA





 
O mito da caixa de Pandora faz alusão à origem de todos os males





Na mitologia grega, Pandora foi a primeira mulher a ser criada. Foi a punição imposta por Zeus aos homens depois que o titã Prometeu roubou do Olimpo o segredo do fogo e o entregou para os mortais. Sob as ordens de Zeus, Pandora recebeu dos outros deuses diversas qualidades, entre elas a beleza, a persuasão, a meiguice e a inteligência. O deus Hermes lhe deu a traição e a mentira. Pandora foi entregue a Epimeteu, irmão de Prometeu e como parte da estratégia de vingança, trazia sob sua guarda uma caixa (ou um jarro) dada por Zeus e que jamais deveria ser aberta. A bela mulher  não resistiu à tentação de abrir a caixa e ao fazê-lo, espalhou todas as desgraças sobre a humanidade: o trabalho, a velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, entre outras, restando dentro dela somente a ilusória esperança. Zeus assim concluía seu plano de vingança contra Prometeu.




Marcelo 

20 de abr. de 2013

18 de abr. de 2013


MUSAS DO ESQUINA




DANIELA ESCOBAR


A musa da vez hoje aqui no Papo de Esquina é a atriz Daniela Escobar, essa morena gaúcha de um metro e setenta de altura que não gosta de divulgar sua idade como se isso fizesse alguma diferença.


 



























A Daniela, que tem diversos cursos em seu curriculum, se tornou uma das principais atrizes brasileiras e gravou seu nome no teatro, no cinema e na televisão. Seu olhar marcante e sorriso largo são características que chamam a atenção.





















Os anos de experiência parecem não alterar sua beleza. Nota-se que hoje ela já é uma senhora, mas seu rosto não perde o ar de menina e a simpatia, mistura que só enriquece uma verdadeira mulher.













Daniela, em seus quatorze anos de carreira, apareceu na capa de diversas revistas brasileiras e agora vem enriquecer o nosso blog. Mas melhor que as palavras são as imagens.
















Zé Vicente

17 de abr. de 2013



FORA DE ORDEM



THE POWER AND THE GLORY  -  GENTLE GIANT




























O Gentle Giant foi uma das melhores bandas de rock progressivo de todos os tempos. O grupo atuou apenas entre 1970 e 1980. Nunca conseguiu  o mesmo reconhecimento de bandas contemporâneas mas alcançou prestígio de crítica e de público, sendo o suficiente para somar um grande número  de fãs espalhados pelo mundo. Formado pelos três irmãos Shulman (Phil, Derek e Ray), todos ex-integrantes da banda britânica psicodélica Simon Dupree and The Big Sound (1966), no começo tocaram apenas dentro da Inglaterra, sendo bem recebidos pelas rádio e pela televisão. Era final dos anos sessenta. Lançaram um álbum e colocaram um compacto no top 5 da parada britânica, mas sem impressionar a cena musical da época. Depois que os Shulman terminaram a Simon Dupree, lançaram seus olhares sobre o crescente fascínio do meio musical por uma música mais criativa, inteligente e complexa que viria a ser chamada de rock progressivo, mas os músicos do Gentle Giant denominaram o som do grupo de Baroque and roll. Uma mistura de rock com música clássica do estilo barroco. A primeira formação em 1970 era composta dos irmãos Shulman, mais Martin Smith, Kerry Minnear e Gary Green. O novo grupo começou a fazer um som mais arrojado, desafiante e distinto de tudo o que se conhecia em termos de música. Características marcantes do grupo incluíam vocais múltiplos e sincronizados, pouco comuns na sua época e uma constante variação em suas músicas. A inovação do Gentle Giant colocada no rock progressivo enriqueceu muito esse estilo e ajudou muito para que fosse difundido no mundo inteiro. As influências musicais dos integrantes passavam pelo rock, jazz, música clássica, avant-garde inglesa. O Gentle Giant possuia certas características que o diferenciava dos demais grupos de rock progressivo. Seus álbuns pareciam livros de história, sua música tinha várias mudanças, os compassos eram sempre muito diversificados em uma mesma música, que já tinham harmonias muito bem elaboradas, em resultado da alta erudição de seus músicos que além de multi instrumentistas, eram pesquisadores e utilizavam instrumentos renascentistas e medievais, além de um ou outro criado por algum integrante. E o resultado era sempre complexas estruturas musicais, longas letras com várias citações e referências, chegando a ser até incompreensíveis às vêzes. Desde sua formação, o Gentle Giant sofreu poucas mudanças. O primeiro baterista, Martin Smith, tocou apenas nos dois primeiros discos. No terceiro, o baterista foi Malcolm Mortimore. A partir do quarto disco, e até o fim do grupo, o baterista foi John Weathers. Um dos irmãos, Phil Shulman, multi instrumentista, principalmente em instrumentos de sopro, deixou o grupo depois de quatro discos. Phil, era também o compositor da maioria das músicas ao lado dos outros irmãos Derek e Ray, esses também músicos de vários instrumentos. além de vocalistas. E completavam o grupo, Gary Green, guitarrista principal e outros instrumentos diversos e Kerry Minnear, que atuava principalmente nos teclados mas que também tocava outros quase dez instrumentos de sopro e corda. Nesses dez anos de carreira foram gravados onze discos em estúdio e uma grande quantidade ao vivo. Para apresentar o grupo escolhí o seu sexto disco que foi gravado em 1974 e chama-se The Power And The Glory. Escolhi esse disco aleatóriamente, já que se eu escolhesse o anterior ou posterior não mudaria em nada a altíssima qualidade do trabalho desses grandes músicos. No The Power And The Glory pode se encontrar o rock em diversas manifestações. É disco para fazer daquele que ouvir se tornar mais um fã dessa importante banda que ajudou a enriquecer a história do rock mundial. Ouça e opine, se quiser. Mas principalmente, aproveite.



ZÉ VICENTE










FORA DE ORDEM




1969 (CÉREBRO ELETRÔNICO)  -  GILBERTO GIL



















Difícil falar de Gilberto Passos Gil Moreira, Um dos maiores nomes da música mundial que deve ser motivo de orgulho para todos os brasileiros. Falemos um pouco de Gilberto Gil. Nascido em Salvador, na Bahia, em 26 de junho de 1942, está hoje com 70 anos de idade. Pai médico José Gil Moreira, mãe, dona de casa, Dona Claudina, mudaram-se para o interior do estado, Vitória da Conquista, grande cidade do interior onde Gil passou os primeiros anos de vida. Deste período o artista registra a influência das músicas ouvidas no rádio da época. Com oito anos volta para Salvador, onde estuda no Colégio Maristas. Quando estava no secundário, recebeu da mãe um violão e conheceu o trabalho de João Gilberto, sua grande influência. Nos tempos de faculdade de Administração, Gil conhece Caetano Velososua irmã Bethânia, Gal Costa e Tom Zé. Realizam a primeira apresentação na inauguração do Teatro Vila Velha em junho de 1964. No ano seguinte, já formado e casado Gil mudou-se com sua esposa para São Paulo onde foi trabalhar como empregado na indústria. Mas seu negócio era música e a primeira apresentação de Gilberto Gil em São Paulo ocorreu em 1965 no V Festival da Balança, festival universitário de música promovido pelo Diretório Acadêmico João Mendes Jr. da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. O Festival organizado pelo estudante de Direito Manoel Poladian, que mais tarde viria se tornar produtor musical, foi gravado pela gravadora RCA, e trata-se da primeira gravação em disco de Gilberto Gil. Dois anos depois, no festival de música da Record, Gil colocou seu nome na música para nunca mais sair, em 1967. com Domingo no Parque, era iniciada uma das carreiras mais produtivas de um músico que hoje é reconhecido no mundo inteiro. Em fins de 1968, Gil foi preso junto com Caetano Veloso pelo regime militar brasileiro instaurado após 1964 devido a supostas atividades subversivas, de que foram taxados. Ambos exilaram-se por ocasião do AI-5 (Ato Institucional 5) do governo militar em vigência no Brasil a partir de 1969 em Londres, Inglaterra. Nos anos 70 Gil fez uma turnês pelos Estados Unidos e gravou um álbum em inglês. Retornou ao Brasil em 1975, quando iniciou um período muito criativo que deu um grande impulso em sua carreira, levando seu trabalho para o sucesso reconhecido. Gil também passou pela experiência de ter sido preso por porte de drogas durante um excursão ao sul do país e ter sido condenado à permanência em manicômio judiciário, uma casa de custódia e tratamento, designada por ele como hospício. Gil foi também o único latino a participar do Festival da Ilha de Wight, em 1970, representando a Tropicália, ao lado dos maiores astros do rock-pop mundial da época, como Jimi Hendrix, Emerson, Lake and Palmer e The Doors e The Who. Ao lado dos colegas Caetano Veloso e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado por Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. A partir do terceiro festival de musica Gilberto Gil, junto com Caetano Veloso, Tom Zé, Rogério Duprat e Torquato Neto, iniciaram um movimento que se denominou “Tropicalismo” que tinha como preocupação principal os problemas sociais do país, aliada a uma ideologia libertadora, a um inconformismo diante da maneira de viver do povo brasileiro. O  movimento teve aceitação e foi de encontro à Bossa Nova que apenas queria mostrar uma nova concepção musical, calcada na versatilidade da música brasileira. A Tropicália foi um salto a mais na modernização da música popular, buscando formas alternativas de composição e explorando uma concepção artística de mudança radical, dentro de um clima favorável. Foi impressionante sua importância nesse sentido, pois, sendo o último grande movimento realizado no país, deixou marcas que seriam cultivadas com o amadurecimento de seus próprios criadores e daqueles que seguiram sua linha de pensamento. Gilberto Gil, junto com Caetano, líderes do tropicalismo, também estavam entre aqueles que tiveram cerceadas suas carreiras no Brasil, em seu período mais repressivo. Através de músicas de protesto e do próprio tropicalismo, lançaram a semente da conscientização e agitaram a opinião pública, sendo então enquadrados na lei de segurança nacional e expulsos do país. Mas a partir a volta, Gil, que houvera deixado alguns discos antológicos gravados no exterior, inicia um período muito criativo  que se estendeu por décadas e que só perdeu forças quando no final dos anos oitenta ele se envolveu em causas sociais e ingressou na política, o que desagradou muito de seus fâs. Gil foi vereador eleito em Salvador em 1989, e no ano de 2003 aceitou convite para ser Ministro da Cultura. Ficou nesse cargo por mais de cinco anos. Mas aí já é outra história. Voltando à música, Gilberto Gil nesses quase cinquenta anos de carreira, entre discos de estúdio, discos ao vivo e parcerias, gravou 60 discos oficiais. Alguns são verdadeiros clássicos, outros muito criticados. Mas todos com a marca da criatividade e da intelectualidade desse músico genial. Vou indicar aquí um disco do começo de sua carreira. Efetivamente é o seu terceiro disco. E foi gravado em 1969. Chama-se simplesmente Gilberto Gil. Alguns o chamam de “Cérebro Eletrônico” nome de uma de suas faixas, para diferenciar de outro disco com o mesmo nome gravado em 1967. Esse disco que ora indico, tem de tudo. Rock, samba, pop, bossa nova, blues, progressivo, e outros. Tem o maestro Rogério Duprat, tem o guitarrista Lanny, o baterista Wilson das Neves e outros grandes músicos. O disco é recheado de clássicos e embora tenha sido gravado em 1969, continua atual, tanto nas letras quanto nos arranjos. É como um cartão de visitas do que estaria por vir. Então o negócio é ouvir e tirar conclusões. Gilberto Gil continua por aí, firme, na ativa e continua sendo respeitado no mundo inteiro como um de seus maiores artistas.

ZÉ VICENTE





Ouve esse som aí, e fala que o cara era ruim....


14 de abr. de 2013

+1 CURTA
MA CHERIE






Marcelo

GALERIA DAS ARTES
O VENDEDOR DE PASSARINHOS – CANDIDO PORTINARI

 

 


Pintura a óleo sobre madeira, sem data (especula-se que tenha sido produzida em 1959), de Candido Portinari. Mede 156 x 105 cm e faz parte do acervo do MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, localizado em Salvador.

 

Marcelo

DESTAQUE SOBRE RODAS
OLDSMOBILE 442


 

 



O Oldsmobile 442 foi produzido entre os anos de 1964 e 1980 pelo Oldsmobile, divisão da General Motors. Ao longo dos anos sofreu algumas alterações, mas sempre se manteve entre os “muscle cars” mais famosos, principalmente pela configuração do seu motor, um quatro cilindros que atingia de 0 a 100 Km em pouco mais de 6 segundos, algo não tão impressionante para os dias de hoje, mas relevante para a sua época. Seu preço atualmente, dependendo do estado de conservação ou da restauração, varia entre 25 e 50 mil dólares.

 
 
1969
 
 
 
1968
 
 
 
Um belo modelo conversível
 
 
 
Duas raridades aguardando restauração
 
 
 
Marcelo

4 de abr. de 2013

LITERATURA













Esse texto foi dedicado ao meu amigo e parceiro de Papo de Esquina, Marcelo Silva. 
Está fazendo 10 anos que foi escrito e só agora está sendo publicado.         

                                 NOITE



Me fale da noite,  caro poeta
É só o que te peço nesse instante
Você que sabe da magia, dos mistérios,
Do medo e do fascínio que ela exerce
No coração e na mente dos solitários,
Que se deixou envolver por ela tantas vezes
Ao tentar a cura para  a sua angústia
Em seus momentos de desespero,
Me fale um pouco dessas noites.
Talvez assim eu consiga entender
Um pouco mais a respeito de mim mesmo
E das coisas que me atormentam.
Por favor, poeta
Me deixe beber um pouco em sua fonte,
Saber do seu chôro contido
Em noites de morte ou decepção,
Do seu pavor
Em noites longas de temporal,
E riso, em noites entre amigos
Ou carnaval.
Que músicas você ouviu,
O que leu, o que assistiu
Para  atenuar a dor no peito
Ou aumentar sua raiva nessas noites.
Me diga se você xingou,
Quantos cigarros fumou,
De quem mais sentiu falta
E quantas você tomou
E, se quiser, até sobre quem amou.
Me dê uma chance, caro poeta
Meu peito dói, mas eu peço
Me fale um pouco da noite.
Antes que amanheça e seja tarde.
Me fale dos bêbados felizes
Das putas e dos viciados
E de outros infelizes que encontrou,
Das traições, das brigas, das mágoas
E das pessoas que tentaram em vão
Te consolar pelas mesas dos bares
Nos piores momentos.  
Me fale das noites no exílio
Das viagens de trem, o barulho dos trilhos
E dos riscos de luz do lado de fora, no frio.
Perdoe a minha insistência
Mas você pode me mostrar uma saída.
O tempo passa rápido e as respostas não vem
E essa angústia que me aperta
Me leva a te pedir de novo
Fale comigo a respeito da noite
Fale das caminhadas sob o sereno,
Dos cochilos nos bancos de jardim
Das corujas, dos lobos e dos vampiros
E da lua cheia que clareou sua inspiração.
Me fale dos amigos.
Espero que não me condene
Nem é a salvação o que procuro
Só quero saber mais a respeito da noite
Para tentar controlar meus impulsos
E tirar dela a energia que preciso
Compartilhar meus melhores momentos
E confessar a ela meus segredos.
Apenas dormir, seria desrespeitá-la
E seu silêncio precisa ser ouvido pela alma
E você, poeta
Sabe decifrar os pensamentos,
Então, humildemente te peço
Fale comigo a respeito da noite.
E então estarei certo que
Apesar da solidão do meu corpo
Meu espírito não estará só.

E a noite é apenas
Um lado da Terra sem sol
Ela às vezes é longa,
E às vezes, curta
Depende que quem a vive
Mas sempre vai embora, 
E sempre retorna
E o sofrimento de quem a espera
Está justamente no intervalo,
Que é o dia.

    
                           (Para Marcelo)

                           José Vicente de Lima                                                                                           

      Abril de 2003


Zé Vicente