33 anos sem Ian Curtis
Gosto de música. Ouço
música sem parar a cinquenta anos. Sou fã de muitos cantores, cantoras e
grupos. Sou muito fã de um certo número de artistas da música, mas ídolo não
tenho nenhum, por considerar que no meio musical não houve até o momento um
artista que passasse boas influências ao ponto de ser chamado por mim de ídolo.
Não posso idolatrar um ser humano que se auto flagela, em hipótese alguma. E
com o passar dos anos morrem astros da musica no mundo inteiro. Overdose,
suicídio, assassinato. Quase sempre, os mesmos motivos. Eu não respeito quem se
mata por overdose. Então não respeito quase nenhum astro que passou por isso.
Admiro e continuo ouvindo a música deixada por esses chamados ícones, mas não
cultuo nenhum deles. Porém dentre essas pessoas houve um a quem eu tive que
respeitar a atitude pois não tirou a própria vida pelo simples vício do sucesso
e da droga. Falo de Ian Curtis, vocalista do grupo Joy Division, que no dia 18
de maio de 1980 enforcou-se em sua casa, depois de lutar muito consigo mesmo e
com seus problemas existenciais e de saúde. Ele não era ainda um super astro.
Não tinha milhões de dólares em sua conta. Não era casado com uma dessas
modelos famosas de plantão. Era apenas um jovem angustiado que assumiu compromissos
muito cedo e tinha uma doença incômoda e se sentiu impotente para
administrá-los, e que num momento inoportuno conheceu o amor. Ian Curtis não
estava muito preocupado com os holofotes e morreu numa das piores situações de
pobreza que um ser humano pode passar. A angústia, a decepção e a dúvida. Hoje
aqui homenageio esse cara que até hoje me emociona e arrepia. Salve Ian
Curtis!!!
Zé
Vicente
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