LENDAS, MITOS & AFINS
AS MOIRAS E O FIO DA VIDA
Na mitologia grega, Nix, deusa da noite e uma das divindades
primordiais, gerou, entre outras criaturas, as Moiras, três irmãs responsáveis
pelo destino de todos os seres, homens ou deuses. Ao fúnebre trio cabia o
compromisso de tecer aquilo que seria o fio da vida de cada indivíduo,
utilizando um tear especial, a Roda da Fortuna. As voltas da roda regiam os
períodos de boa ou má sorte de cada um, dependendo da posição do fio no tear:
em sua parte mais privilegiada (topo) ou menos favorecida (fundo). As tecelãs
do destino eram Cloto, a deusa dos nascimentos e partos, quem segurava o fuso e
tecia o fio da vida, Láquesis, responsável por puxar e enrolar o fio,
atribuindo a cada um seu quinhão ao longo de sua existência e Átropos, a deusa
responsável por cortar o fio, pelo fim da vida. O mito grego se disseminou
entre os romanos, contudo, eles as conheciam como Parcas chamadas Nona, Décima
e Morta, que regiam apenas os mortais. Poetas da antiguidade as descreviam como
seres grotescos, já nas artes são representadas de diversas formas: de mulheres
com aspectos sinistros a belas donzelas. Na literatura, Homero as cita na
“Ilíada” e na “Odisseia”, como fiandeiras representantes de uma lei que nem
mesmo o poderoso Zeus poderia questionar.
As Moiras com o fio da vida. Alegoria, por Strudwick - 1885 |
A Roda da Fortuna |
Marcelo
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