12 de jan. de 2015


OPINIÃO

EU SOU CHARLIE? TALVEZ NEM TANTO

 

 
Capa responsável pelo atentado a bomba sofrido em 2011. O texto satiriza a Sharia, lei muçulmana

 
 
 

Nos últimos dias o mudo voltou sua atenção para os atentados terroristas ocorridos na França, onde vários colunistas do jornal Charlie Hebdo foram mortos. Como um amador que gosta de escrever, como fã de cartuns e charges, aliás, um dos pilares deste blog que mantenho no ar e principalmente como uma pessoa temente a Deus, não compactuo com o ato terrorista e sou a favor da liberdade de expressão, mas a tragédia ocorrida em solo francês parecia anunciada, afinal cristãos, judeus e mulçumanos eram alvos diretos do periódico, que com seu humor negro promovia a zombaria e o achincalhamento de valores importantes para estes povos. Sob a égide da chamada “liberdade de expressão” ou do chamado “humor”, a revista veiculou dezenas de charges ofensivas e por muitas vezes de extremo mau gosto, voltadas principalmente contra o Islã e contra Maomé, seu maior profeta. Com essa postura, era mais do que óbvio que o jornal poderia sofrer retaliações (como já havia acontecido em 2011) e que algo de tamanha proporção poderia acontecer. O exercício da crença deve ser soberano e essa soberania respeitada, mesmo indo de encontro a princípios individuais. Acredito que o cartum, a charge ou qualquer outro meio dessa categoria tem por função satirizar ou contestar um fato em si ou uma situação relevante e por muitas vezes, de forma democrática e livre, se colocar contra ela, mas querer pura e simplesmente derrubar por terra aquilo que para determinados povos é santo e perfeito me parece um tanto leviano ou discriminativo. Vidas humanas foram ceifadas, isto é completamente inadmissível, mas o ocorrido comprova que nada deve ser rotulado e que o respeito ao próximo deveria sempre vir em primeiro lugar, algo que a raça humana em geral tem abandonado cada vez mais. Contra qualquer tipo de violência sim 'Je Suis Charlie', 'eu sou Charlie', visto que tamanhas atrocidades não deveriam acontecer, contudo, analisando friamente a postura dos vitimados e o quanto colaboraram para que os fatos ocorressem, talvez não seja tão Charlie assim.  Abaixo, algumas capas do semanário, com um triste destaque para duas delas, onde uma mostra a Santíssima Trindade realizando uma orgia sexual e outra afirma que o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, é uma merda e não segura balas:

 

 
"O Pai, o Filho e o Espírito Santo"

"O Corão é uma merda. Ele não segura balas"

"O lobby gay no conclave"

"A verdadeira história do pequeno Jesus"

"Michael Jackson, enfim branco"

"Intocáveis 2"



 

Marcelo

Um comentário:

Márcio Silva disse...

Eu hein!!!