3 de fev. de 2016

LENDAS, MITOS & AFINS
O GUERREIRO BELEROFONTE
 
 

 
Na mitologia grega, Belerofonte foi um guerreiro e herói, filho de Poseidon e Eurimedéia, esposa de Glauco. Passou parte de sua juventude em Conrinto, até o momento em que foi obrigado a deixar a cidade após matar acidentalmente um homem chamado Belero (algumas versões da lenda afirmam tratar-se de seu irmão). Após o ocorrido, recebeu a alcunha de Belerofonte, ou “aquele que matou Belero”, sendo desconhecido seu verdadeiro nome. Após deixar Corinto, procurou a proteção do rei Proteu, em Tirinto. A esposa de Proteu, Estenebéia, apaixonou-se pelo guerreiro, contudo, Belerofonte resistiu às suas investidas e ela, irritada por ter sido recusada, acusou-o perante o rei de tentativa de sedução. O rei ficou furioso, mas decidiu não matar seu hóspede temendo ser punido pelos deuses. A solução encontrada por Proteu foi enviar o jovem ao rei Ióbates, seu sogro e soberano da Lícia, juntamente com uma mensagem onde pedia sua morte.
 
 

1921, The fight of Bellerophon with the Amazons, by Alexander Rothaug

 
Ióbates abrigou Belerofonte durante nove dias em seu palácio antes de finalmente ler a mensagem, fato que também o impediu de matá-lo, já que os costumes não permitiam qualquer forma de hostilidade contra um hóspede. Decidiu então enviar o guerreiro em missões perigosas, esperando o seu fim. Inúmeras foram as batalhas vencidas por Belerofonte, sempre montado em seu cavalo alado Pégaso (animal esplendoroso filho de Poseidon surgido da cabeça da Medusa quando ela foi morta por Perseu) que lhe foi presenteado pela deusa Atena. A primeira vitória (e a mais importante) foi contra a Quimera, fera que devastava as terras da Lícia (e que futuramente será abordada aqui no blog). Belerofonte e Pégaso também venceram a sanguinária tribo dos Sólimos e as temidas Amazonas.
 
 
Belerofonte enfrenta a Quimera

Bellerophon riding Pegasus, Giovanni Battista Tiepolo, fresco, 1746/1747, Pallazo Labia, Venice , Italia

 
Após vitórias de tamanha expressão, o rei Ióbates convenceu-se de que Belerofonte deveria ser um semideus e para redimir-se deu a mão de sua filha em casamento. Depois da morte do soberano, Belerofonte se tornaria o rei da Lícia. Após tantos feitos excepcionais, Belerofonte permitiu que o orgulho dominasse seu coração e decidiu voar em seu cavalo até o Monte Olimpo, morada dos deuses. Ofendido com tamanha arrogância, Zeus enviou uma vespa para picar Pégaso, que acabou derrubando o guerreiro em pleno voo. Atena amaciou o chão para que o herói não morresse, porém, Belerofonte ficou aleijado. O outrora bravo guerreiro perdeu tudo e se transformou num mendigo errante e amargurado, que passou o resto dos seus dias à procura de seu cavalo Pégaso, sem saber que ele havia sido transformado por Zeus em uma constelação.
 

 
A constelação de Pegasus
 
 
Marcelo

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