UM POUCO MAIS DE MÚSICA
30 ANOS DE CLÁSSICOS DO ROCK NACIONAL
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Os Titãs, responsáveis por "Cabeça Dinossauro", considerado um dos dez maiores álbuns já lançados |
Hoje em dia, com a crescente diluição da música em mídias
alternativas e em redes sociais, é quase inimaginável o lançamento em um único
ano de uma grande quantidade de discos importantes em qualquer tipo de
movimento musical. Contudo, em 1986, ano fundamental para o rock brasileiro, várias
bandas lançaram trabalhos de altíssima relevância que se tornariam clássicos
dentro do agitado e criativo cenário daquele período.
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Capital Inicial - Capital Inicial |
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Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Marcelo Pitz, os gaúchos do Engenheiros do Hawaii |
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Clemente, o primeiro punk a assinar com uma grande gravadora |
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Camisa de Vênus - Correndo o Risco |
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Capital Inicial - mais uma "banda de Brasília" a conquistar o grande público |
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Inocentes - Pânico em S.P. |
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Em 1986, o Camisa de Vênus já lançava o seu terceiro trabalho |
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Engenheiros do Hawaii - Longe Demais das Capitais |
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Lobão, veterano da explosão do rock nacional da década de 80, continuava a causar boas polêmicas |
Ainda sob o efeito do “boom” ocorrido há poucos anos,
algumas bandas estrearam oficialmente suas carreiras lançando seus primeiros
discos, caso do Capital Inicial e seu trabalho homônimo premiado com disco de
platina que trouxe um repertório essencial para a banda até os dias atuais. Os Engenheiros
do Hawaii, banda gaúcha que não se deteve frente ao eixo Rio-São Paulo-Brasília apresentou
“Longe Demais das Capitais”, emplacando nacionalmente o hit “Toda Forma de
Poder”. Os Inocentes foram a primeira banda punk a conseguir um contrato com
uma grande gravadora e a Warner publicou o importante EP “Pânico em SP”. Outro
grupo relacionado ao movimento punk, o Camisa de Vênus, seguia trilhando seu
caminho iniciado em 1983 e com “Correndo o Risco” nos brindou com canções como
“Sinca Chambord” e “Só o Fim”. O veterano Lobão vinha com o seu segundo disco
solo “O Rock Errou”, onde destacaram-se as faixas “O Rock Errou”, “Canos
Silenciosos” e “Revanche”, sem deixar de chamar a atenção pela capa do LP e
ainda por sua prisão por porte de drogas, fato bastante divulgado pela mídia.
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Branco Mello, Arnaldo Antunes e a irmã de Lobão pedem liberdade para o músico, preso por porte de entorpecentes |
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Lobão - O Rock Errou |
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Ira! - Vivento e Não Aprendendo |
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Legião Urbana atinge marca histórica de vendas em 86 |
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RPM - Radio Pirata Ao Vivo |
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Os Paralamas lançam "Selvagem?" com discurso politizado em sintonia com a conjuntura do País |
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Titãs - Cabeça Dinossauro |
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O Ira! alcança o sucesso com ajuda de novela |
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RPM - um fenômeno inigualável |
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Legião Urbana - Dois |
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Paralamas do Sucesso - Selvagem? |
Os paulistanos do Ira! lançaram o premiado “Vivendo e Não
Aprendendo”, maior sucesso comercial da banda até 2004, alavancado pela faixa
“Flores em Você”, tema de abertura da novela global “O Outro”. Com mais de 1,5
milhões de cópias vendidas de seu segundo trabalho intitulado “Dois”, a Legião
Urbana se firmava como uma das maiores bandas do país alcançando um sucesso de
público e de crítica poucas vezes visto no Brasil. Já o RPM ultrapassou todas
as marcas possíveis e imagináveis com o multiplatinado “Rádio Pirata Ao Vivo”,
tornando-se o maior fenômeno musical do país, literalmente enlouquecendo milhares
de fãs. Com as carreiras já mais adiantadas, os Paralamas do Sucesso apresentaram
“Selvagem?”, terceiro trabalho aclamado pela crítica que trazia as faixas
“Alagados” e “A Novidade”, grandes sucessos comerciais. Também em seu terceiro
disco, os Titãs lançaram o irretocável “Cabeça Dinossauro”, que viria a figurar
entre os dez discos mais importantes já lançados no Brasil segundo a crítica
especializada.
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Barão Vermelho - Declare Guerra |
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Varsóvia - Varsóvia |
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Golpe de Estado, hard rock com qualidade |
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O Fellini apresentava um rock com pitadas de pós-punk e MPB |
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Smack - Smack |
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Mercenárias - Cadê das Armas? |
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O veterano Kid Vinil lança um único disco ao lado dos Heróis do Brasil |
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Muzak - Muzak |
Mais à frente na carreira, o Barão Vermelho produziu seu
quarto disco, “Declare Guerra”, pouco trabalhado pela gravadora e o primeiro
sem Cazuza à frente dos vocais, fatos que contribuíram para um baixo sucesso
comercial, contudo, importante por ser o primeiro com Frejat nos vocais,
iniciando assim uma fase de grande sucesso que estaria por vir. No underground, nomes
relevantes se destacaram: com seus discos homônimos estrearam Varsóvia, Kid
Vinil & os Heróis do Brasil, Golpe de Estado e Muzak, além das Mercenárias com “Cadê
as Armas?”, Smack, mais um conjunto paralelo do guitarrista Edgard Scandurra, com “Noite
e Dia” e ainda a banda Fellini, que lançou seu segundo disco intitulado “Fellini
Só Vive 2 Vezes”. Como dito no início, inimaginável atualmente um ano de
tamanha relevância para a música no Brasil e curioso pensar que aquele ano, já
distante três décadas, tratou-se apenas de mais um capítulo daquilo que já
vinha acontecendo de positivo no rock tupiniquim.
Um comentário:
Que momento mágico da música nacional, muito legal!
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