BECO DA HISTÓRIA
ELIZABETH BATHORY – A CONDESSA DE
SANGUE
A
história da Condessa Bathory parece ter sido retirada de um livro de terror,
tamanho os absurdos que a cercam. Erzsébet (Elizabeth) Bathory nasceu em 1560
ou 1561 na Hungria e é considerada a primeira serial killer da história, só
perdendo em numero de vítimas para Vlad, O Empalador, matando mais de 600
mulheres em busca da juventude eterna. Casada com o Conde Ferenc Nadasdy,
sempre envolvido em batalhas por mais terras, vivia para cuidar do lar, o
Castelo de Cséjthe e de seus empregados, época em que começou a desenvolver sua
natureza sádica. Era muito comum lordes e donos de terras maltratarem seus
servos, mas a disposição de Bathory para isso impressionava a todos. Ela punia
pesadamente seus empregados, com torturas que iam desde enterrá-los na neve
para que morressem congelados a deixá-los nus ao relento, num inverno com
temperaturas médias de 15º negativos. Era comum também cobri-los com mel para
que insetos ou outros animais os matassem. Seu marido conhecia seus rituais,
porém nada fazia e não raras as vezes participava de suas insanidades.
Em
1604, com a morte do Conde, a loucura de Bathory aumentou ainda mais e foi
nesse período que ela iniciou seu estranho ritual de banhar-se em sangue, em
busca da citada juventude eterna. Esse macabro ritual teve inicio quando, após
espancar uma de suas empregadas, a Condessa imaginou que o sangue da menina
tornara sua mão mais jovial do que antes. Apoiada por três amigas, acusadas de
bruxaria, a Condessa atraía jovens para trabalhar em seu castelo, somente para
serem mortas, proporcionando, assim, seus banhos. Após certo período seu
castelo e seu nome adquiriram má fama e já não haviam mais interessados
em trabalhar para ela. Para contornar tal situação, a Condessa abriu uma escola
de costumes e passou a assassinar jovens nobres que nela se inscreviam, na sua
incansável busca por sangue. Somente a partir daí que providencias contra ela
foram tomadas. Em 1610, autoridades locais começaram a investigar a vida de
Elizabeth Bathory e para espanto de todos, encontraram em seu castelo, além de
uma sala de torturas, diversos corpos de garotas, que ultrapassavam cinqüenta
cadáveres. Encontraram também seu diário, onde a Condessa anotava o nome de
suas vítimas, num total aproximado de 650 delas.
Ruínas do Castelo de Cséjthe |
Elizabeth
Bathory foi presa em 26/12/1610, juntamente com suas amigas acusadas de
bruxaria. Bathory foi condenada a prisão perpétua e emparedada em sue castelo, num
aposento sem portas ou janelas, apenas com um pequeno orifício para entrada de
ar e de alimentos. Faleceu em 21/08/1614. Suas cúmplices foram queimadas vivas.
Após
sua morte, os autos do processo foram lacrados. Atualmente, as transcrições do
julgamento bem como o diário de Elizabeth Bathory estão disponíveis nos
Arquivos Nacionais do Governo Húngaro, em Budapeste, mas somente para pessoas
nascidas no país.
Figura da Condessa de Sangue criada pela McFarlane Toys - Monsters Series |
Marcelo
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