29 de jan. de 2013

LANÇAMENTO COMENTADO
STEVE HARRIS – BRITISH LION (2012)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois de quase quatro décadas única e exclusivamente à frente do Iron Maiden, o baixista Steve Harris lançou em 2012 seu primeiro trabalho solo: “British Lion”. Sites e publicações especializadas em rock, principalmente em heavy metal, receberam o lançamento com certa resistência e em alguns casos com duras críticas. Ao longo de sua carreira, Steve se transformou num dos principais nomes do rock pesado e elevou sua grande criação, o Iron Maiden, a um status de quase lenda, fato que certamente contribuiu e muito para a expectativa que se criou em torno da sua nova empreitada. Logo numa primeira audição (e talvez o maior ponto positivo do disco) fica claro que o músico se distanciou dos arranjos megalomaníacos e músicas quase intermináveis apresentadas já há alguns anos pela Donzela de Ferro, baseando seu disco num, digamos, heavy/rock mais tradicional. Ele também optou por trabalhar com músicos desconhecidos do grande público, competentes, mas não extraordinários e sem nenhuma participação especial. Quanto às músicas, juntas dão a impressão de ser uma grande colcha de retalhos das influências e do universo em que Steve Harris habita. Algumas faixas remetem a bandas como Deep Purple, Iron Maiden e Judas Priest em décadas passadas, casos de “Us Against the World”, “The Chosen Ones” e “Judas”, já outras demonstram um lado bastante comercial, algumas vezes bem próximo do heavy metal produzido entre os anos 80 e 90, apenas com uma roupagem mais moderna como em “A World Without Heaven”, “Eyes of the Young” e “These Are the Hands”. Enfim, Steve Harris não apresenta nada de inovador, mas também não mergulha no óbvio que seria produzir mais um disco de metal progressivo como há muito vem fazendo com sua banda principal. Um disco razoável, com alguns bons momentos e outros nem tanto, indicado principalmente para ser ouvido de forma despretensiosa.
 
 
 
Marcelo

27 de jan. de 2013


CARTUNS, CHARGES & AFINS

SEBASTIAN KRUGER









O ilustrador Sebastian Kruger nasceu em 1963 em Hamelin, Alemanha. Seu trabalho, focado principalmente em astros do rock e personalidades do cinema, impressiona pelo realismo que apresenta. Alguns deles:




Angus Young - AC/DC


Dave Grohl - Foo Fighters



Johnny Depp



Jimi Hendrix



Marcelo

CURIOSIDADE
O NÚMERO SETE







A criação da semana foi baseada pelos povos antigos nos sete astros conhecidos na época: o Sol, a Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno, e parte daí a explicação de alguns estudiosos para a vasta aparição desse numeral na história da humanidade, porém, não há nada de conclusivo sobre o misticismo que o envolve. Alguns o consideram o número da perfeição, outros citam a quantidade de vezes que ele aparece na Bíblia (só no Velho Testamento, ele aparece mais de duzentas e setenta vezes. No Novo Testamento, aparece mais de cinqüenta vezes, sendo trinta vezes só no Apocalipse) ou em elementos da natureza. A tentativa de interpretação de toda a mitologia que o cerca depende de cada um, mas não podemos negar que sua presença coincidentemente ou não em diversos aspectos o torna bastante curioso.




Os sete degraus da consciência




Alguns exemplos de sua aparição:

- 7 são os dias da semana; os mares; as virtudes; as pragas do Egito; as notas musicais; as cores do arco-íris; os dias para a criação do mundo; os pecados capitais; os palmos de uma sepultura; as Trombetas do Apocalipse; os algarismos romanos; os estados desafiados por Lampião; a soma dos lados opostos de um dado (1e6, 5e2, 3e4); as maravilhas do mundo; 7 pessoas fundaram o partido nazista; 7 Imperadores de Roma morreram assassinados; 7 foram as chagas de Cristo; sem falar nas sete vidas de um gato




Sete selos de São João - simbologia do Apocalipse



Os sete pilares do tabernáculo do Templo de Salomão 



Essa lista poderia ser ainda maior, tamanha a relação desse numeral com fatos da religião, ciência e história, entre outros. Até em músicas ele é citado por diversas vezes, como em “Os Números”, de Raul Seixas e “Canção Agalopada”, de Zé Ramalho.




Os sete chacras do Ioga




Marcelo

26 de jan. de 2013

LANÇAMENTO COMENTADO
CAPITAL INICIAL – SATURNO (2012)
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao longo da sua trajetória, o Capital Inicial foi se distanciando da proposta apresentada nos seus primeiros discos, quando músicas de protesto, arranjos mais simples e indignação juvenil davam o tom dos trabalhos e se aproximando cada vez mais de um pop rock de fácil digestão. Com o lançamento de “Saturno” no final de 2012 e segundo palavras dos próprios músicos, a banda tenta se aproximar novamente do vigor e da energia do início da carreira. Um discurso bastante comum entre grupos que, como o Capital Inicial, estão na estrada há algumas décadas, contudo, “Saturno” atinge bem o seu objetivo. Nele, os arranjos estão mais pesados, vide “O Bem, o Mal e o Indiferente”, “Apocalipse Agora” e “Eu ouço Vozes”, há as sempre bem-vindas letras de protesto e contestadoras, como em “Saquear Brasília”, “O Cristo Redentor” e “A Valsa do Inferno”, as guitarras assumem um papel mais importante do que o de costume e mesmo as músicas mais leves, caso de “O Lado Escuro da Lua”, “Saturno” e “Sol entre Nuvens” não o tornam monótono. Não se trata de um disco impecável, mas o fato do Capital Inicial, no alto de seus trinta anos de existência, entregar para o seu público um álbum com ótimos momentos e no mínimo bem trabalhado já vale a sua audição, principalmente se pensarmos no atual cenário do rock brasileiro, onde bandas bem mais jovens não têm muito a dizer.
 
 
 
Marcelo

25 de jan. de 2013

SAMPA QUE TE QUERO SAMPA






Hoje é aniversário da cidade onde nasci...a cidade que mais amo e odeio no mundo...São Paulo...tenho orgulho de ser paulistano...e sinto muito a merda que ela tem se transformado...noticia ruim no noticiário diário de qualquer canal de TV....mas meu berço, minha cidade, minha terra...que de braços abertos acolhe cidadãos do mundo inteiro de forma que só ela sabe acolher.....miscigenação de raças, cores e nomes....minha São Paulo querida e odiada....sou filho da terra....ainda com orgulho, mas triste com que tens oferecido. Deixar-te? Acho que não...Parabéns minha São Paulo desvairada....



Marcelo  (e aniversário também da minha mãe, D. Ivone, para quem faço as homenagens pessoalmente)

23 de jan. de 2013


HOMENAGEM

 

 


  

 

Atualmente, Nasi está envolvido com outros diversos projetos além da música, mesmo com o lançamento de seu novo álbum intitulado "Perigoso". Durante muitos anos foi o porta-voz da poesia urbana, ácida e paulistana do grupo Ira!, banda que figura entre as maiores que surgiram nos efervescentes anos 80. Após uma carreira sólida ao lado de seu antigo grupo, Nasi se enveredou por outros caminhos, lançou alguns bons discos de blues e de rock, se arriscou e se arrisca como comentarista esportivo na televisão e no rádio e se prepara para apresentar seu próprio programa na tv, que segundo consta, abordará temas curiosos em diversas áreas. Hoje, 23 de janeiro, Marcos Valadão completa 51 anos de vida, provando estar mais sóbrio, lúcido e ativo do que nunca, mesmo tendo sido, há algum tempo, ameaçado de ser interditado pela sua própria família. Parabéns, Nasi! Sua história continua sendo escrita de forma muito coerente.

  

 

Marcelo   

22 de jan. de 2013

HUMOR




 
 
 




Marcelo
PESSOAL

ROGÉRIO CENI - 40 ANOS




R. Ceni, por Baptistão




Parabéns ao aniversariante Rogério Ceni, goleiro de muitas conquistas e inúmeros recordes.


Marcelo

20 de jan. de 2013


BECO DA HISTÓRIA
VERÃO DA LATA

 
 

 
 
 
 
 
No final de 1987, o navio cargueiro Solana Star, que partira da Austrália com destino ao Panamá, atravessava o litoral brasileiro transportando cerca de 20.000 mil latas contendo cada uma cerca de 1,5 Kg de maconha prensada. Seus tripulantes foram avisados que a Polícia Federal e a Marinha do Brasil sabiam da carga através de informação vinda do DEA – divisão norte-americana de combate às drogas. Após serem perseguidos pela Marinha, acuados na região de Angra dos Reis a tripulação do Solana Star resolveu “se livrar” da carga, atirando-a ao mar, a uns 160 Km da costa. As latas encontravam-se acondicionadas em cercas de metal, porém a ação da maresia destruiu as cercas fazendo com que quase vinte toneladas de maconha boiassem na superfície do litoral tupiniquim. As ondas se encarregaram de fazer o resto e começaram a trazer recipientes parecidos com latas de leite em pó devidamente abastecidas com erva. As latas se espalharam pelo litoral do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina chegando até o Rio Grande do Sul. O circo estava armado: o Jornal Nacional noticiava o acontecimento, religiosos diziam ser obra do demônio, a polícia atrás das latas e da tripulação do Solana Star e a galera “sedenta” se especializando em resgatar as tais latas do mar. A fama da alta qualidade do produto rapidamente se espalhou dando início a uma busca desenfreada por parte dos interessados e da polícia. Surfistas mergulhavam no mar e voltavam carregando latas e latas recheadas de cannabis.  O assunto virou tema de camisetas, gírias, marchinha de carnaval, combustível para festas, inspiração para músicos (Fausto Fawcett, Fernanda Abreu, entre outros), assunto predileto das manchetes, enfim, o tema do momento.



 

Parte da apreensão realizada pela Polícia Federal

 
 
Mais do produto apreendido
 



Apesar de o navio ter sido autuado, a Polícia Federal somente conseguir recuperar 2.500 latas, ou seja, mais de 16 toneladas do produto “virou fumaça”. A empresa responsável pelo navio Solana Star alegou desconhecer o conteúdo da carga. A embarcação foi apreendida pela Marinha, posteriormente leiloada e convertida em navio pesqueiro, batizado Tunamar, que acabou naufragando em sua viagem inaugural, de Niterói a Santa Catarina, em 11/10/1994, devido à má condição do tempo. A tripulação do Solana desapareceu e o único a ser capturado foi o cozinheiro americano Stephen Skelton, condenado a cumprir vinte anos de prisão no Rio de Janeiro. Aquele verão ficou conhecido como o “Verão da Lata” no Rio de Janeiro e durante muito tempo a boa qualidade de certas substâncias era expressa através do termo “da lata”! Embora existam divergências quanto à exatidão dos fatos, este foi, sem dúvida, um acontecimento único no mundo.




 
O livro “1988 O verão das latas de maconha”
conta a história do processo sofrido pelo cozinheiro do navio
 
 
 
 
Marcelo
PESSOAL


JANIS JOPLIN








Tive o prazer de ser contemporâneo de algumas lendas do rock mundial, como Hendrix e Morrison, por exemplo e os acompanhei ainda vivos. Ambos se foram ao 27 anos de idade. e aos 27 também partiu Janis Joplin, que completa hoje 70 anos. Completa, porque morreu apenas o seu corpo judiado pelas consequências da vida livre e arriscada que ela escolheu e pelo seu curto destino como mortal, mas seu nome, seu espírito e sua música permanecerão para sempre. Janis nasceu no Texas em 19.01.1943. Iniciou sua carreira em 1963. Não gravou muitos discos, mas o que deixou registrado é suficiente para nos emocionar toda vez que ouvimos sua voz, e o seu jeito único de cantar e se expressar ficará marcado em nossa memória. Hoje homenageamos a mais original cantora de blues, rock, folk, etc... Salve Janis!!!

Zé Vicente


13 de jan. de 2013


GALERIA DAS ARTES

ODIRLEI MELCHOL










Entre outros estilos, o artista plástico Odirlei Melchol, morador da cidade de Salto - SP, traduz em suas telas toda sua paixão pelas máquinas da motovelocidade. O talentoso artista nasceu com a rara Sídrome de Larsen, doença que afeta as articulações, provocando deslocamentos e luxações. Algumas de suas incríveis telas:



Alex Barros



Casey Stoner


























Dani Pedrosa


Valentino Rossi vs Alex Barros


Jorge Lorenzo




Marco Simoncelli


Marcelo

10 de jan. de 2013


LENDAS, MITOS & AFINS
O BARQUEIRO DA MORTE

 

 
 

 

 

 

Os gregos e romanos da antiguidade acreditavam que as almas dos mortos deveriam fazer a travessia do Aqueronte, rio transformado por Zeus em parte do inferno após suas águas terem sido fornecidas aos titãs, seus inimigos, pelo filho do Sol e da Terra. Caronte, um deus idoso, mas imortal, era o responsável pela travessia das almas dos mortos para a outra margem do rio até o local onde lhes era destinado. O barqueiro da morte transportava somente as almas dos mortos cujos corpos tivessem sido devidamente sepultados e os vivos lhes prestado as devidas homenagens fúnebres. Caronte cobrava pela travessia, partindo daí o costume de povos antigos enterrarem seus entes com uma moeda (óbolo) debaixo de suas línguas ou sobre seus olhos, a fim de lhes possibilitar o último transporte. Os mortos que não pudessem pagar eram condenados a vagar pela margem do rio por um período de cem anos e acreditava-se que durante este período assombravam o mundo dos vivos. O estudo das sepulturas gregas do século IV a.C. demonstra a existência da crença na vida além túmulo: pinturas mostram situações em que vivos cuidam e enfeitam as lápides dos que partiram e nelas não raramente aparece a figura da lendária barca de Caronte.

 

 

Marcelo

7 de jan. de 2013


MUSAS DO ESQUINA – EDIÇÃO ESPECIAL
RAYANA CARVALHO

 

 

 

 

Nesse pouco mais de 1 ano que o Papo de Esquina está no ar, já são mais de 17 mil visualizações, algo que muito nos orgulha. Desse número, segundo estatísticas fornecidas pelo Blogspot, o post mais acessado é o de Rayana Carvalho como “Musa do Esquina”. Ela tornou-se a campeã do blog com mais de 680 acessos até agora e nada mais justo que homenagear novamente essa jovem e bela atriz.  



 

 

 

  
 
 
 
 
Estatística fornecida pelo Blogspot
 
 
 
Marcelo

6 de jan. de 2013


UMA ESQUINA, UMA CRÔNICA
BREVE ROTINA










-Acho que ele sai 05h40 de Calmon, não tenho certeza! Merda! Tô atrasado de novo, mas também porque não passei essa porra de camisa ontem à noite?
-Tá meio frio, não sei se levo blusa ou ponho uma camiseta por baixo da camisa, à lá Renato Russo...
-Enfim, cheguei na estação!
-Aquele cara tava aqui ontem, mas a cara dele estava melhor...tá parecendo que não dormiu! Bom, vai ver que a esposa não deixou...
-Lá vem ele! Será que é o de seis vagões? Tomara que sim, daí eu fico menos prensado, levo menos “encoxada” e não amassam tanto o ovão na marmita que a Natália fez pra mim. Porra! Tô atrasado mesmo, quando chegar no trampo vou tomar uma “ensaboada”!
-Caralho! Não acredito! Consegui sentar!...Era bom demais pra ser verdade, lá vem uma grávida e todo mundo fingindo dormir. Mas eu não vou não, afinal minha pequena tá grávida também...Senta aqui, moça!
-Dá um amendoim aí garoto! Tô sem café e a boca tá amarga da cerva de ontem! (filho da puta do Carlinhos me fez beber até as onze!)
-Que sono da porra! Vou cochilar em pé mesmo...   ...    ...
-Fica esperto aí, parceiro...”Tamo” no Brás!
-Tô com uma fome...não vejo a hora de chegar no “trampo” e tomar um café com o Zezinho! Será que ele trouxe a camisa do Tricolor que eu encomendei? Aquele porra falou que é pirata, mas é quase original... sei lá!
-Putz! agora que lembrei...amanhã vou ter que faltar...será que o dentista dá atestado do dia?


Marcelo 

“ARTWORK DE PRIMEIRA”


Algumas capas de discos inspiradas em obras de arte:




The Pogues - Rum, Sodomy & the Lash - 1985






A Balsa da Medusa - Theodore Gericault - 1819


Guns N Roses - Use Your Illusion II - 1991

A Escola de Atenas - Raphael - afresco de 1509


New Order - Movement - 1981

Cartaz de Fortunato Depero - 1932


Depeche Mode - New Life - 1981

Geopoliticus Child... - Salvador Dalí - 1943


Fleetwood Mac - Tango in the Night - 1987

A Encantadora de Serpentes - Henri Rousseau - 1907




Marcelo



 

LITERATURA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESEJO
 
Desconstruído em minha cama
Procuro juntar meus cacos
 
E na pior das solidões, desesperado
Faço amor com sua lembrança
 
E desejo em vão sua boca
Que em outra me esqueceu
 
Desconstruído em minha cama
Não consigo me encontrar
 
E me invade a saudade
De momentos não vividos
 
Do abraço que não demos
Do sexo que não fizemos
 
Desconstruído em minha cama
Sem sequer achar meus cacos
 
Deparo-me com a verdade
De que na realidade
 
Seus sussurros e gemidos, idos
Não pertencem mais a mim
 
Marcelo - 18/08/2011